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“Não podem acontecer”. Rio critica aumentos na função pública durante pandemia

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Ricardo Castelo / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

O líder do PSD, Rui Rio, criticou esta segunda-feira a atribuição de aumentos na função pública numa altura em que o país enfrenta a pandemia.

Numa publicação na sua conta oficial no Twitter, o presidente do PSD considera que estes aumentos “não podem acontecer” em plena pandemia de covid-19, recordando que o novo coronavírus deixou muitos trabalhadores em lay-off e empurrou outros para o desemprego.

“Bem sei que 0,3% é pouco (…) Mas quando há trabalhadores em lay-off a receber só 2/3 do salário, outros atirados para o desemprego e as finanças públicas brutalmente pressionadas pelos gastos que estamos a ter de fazer, estes aumentos não podiam acontecer”, escreveu na rede social.

Os funcionários públicos começam esta segunda-feira a receber os salários de abril com os aumentos de 0,3% para a generalidade dos trabalhadores e de 10 euros para as remunerações inferiores a 700 euros, com retroativos a janeiro.

Os salários da função pública começam a ser pagos ao dia 20 de cada mês e os primeiros a receber são os trabalhadores da Presidência do Conselho de Ministros, dos ministérios das Finanças, da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e da Modernização do Estado e da Administração Pública, segundo o despacho que define as datas de pagamento.

O despacho do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública define que no dia 21 (na terça-feira) são pagos os salários dos ministérios da Administração Interna, Justiça e Saúde e, no dia seguinte, os da Economia e da Transição Digital, Planeamento e das Infraestruturas e da Habitação. Os últimos a receber, a dia 23 (na quarta-feira), são os trabalhadores dos ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Ambiente e da Ação Climática, da Coesão Territorial, da Agricultura e do Mar.

Fonte oficial do Ministério da Administração Pública admitiu, no entanto, à agência Lusa que há serviços que poderão não conseguir pagar as atualizações ainda em abril. “As atualizações salariais já começaram a ser processadas em abril, no entanto, esse pagamento dependerá da capacidade dos serviços e do momento em que estes processam os respetivos salários”, afirmou a fonte.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. Uma verdadeira pouca-vergonha! Ele aumenta os FP porque são uma população propícia a votar neles que o que verdadeiramente os move e, os privados lá vão ter mais umas taxas para sustentar os portugueses de ‘primeira’.
    Conte com o meu voto Dr Rui Rio!

  2. É mesmo uma pouca vergonha,os funcionários da função pública têm os seus empregos garantidos,não podem ser despedidos nem sofrem cortes nos salários e ainda por cima vão ter aumentos numa altura em que grande parte dos portugueses no privado ficaram desempregados e muitos nem tem dinheiro para a alimentação.
    Isso só serve para provar que estes politicos da treta só pensam nas suas familias e nos seus bolsos.
    Meu voto? Nunca mais!
    Nunca mais contem com a minha ida as urnas para deixar meu voto,ficarei em casa.

  3. Em Portugal vigora um sistema de castas. Existe uma casta de trabalhadores que, sob o atual governo, goza de uma situação de privilégio ímpar: para além de terem um horário de trabalho menor, por pior que esteja a economia e as finanças públicas essa casta nunca estará ameaçada pelo espectro do desemprego, dos lay-offs e terá direito a aumentos numa altura em que o resto do país definha. Dinheiro existe sempre, nem que seja à custa de uma dívida pública a onerar as gerações futuras.

  4. Além de nos obrigar ficar em nossas casas, nos proibrir de sair e de trabalhar, esses politicos estão querendo o que?

    Eu penso que a gente não precisa de politicos decidirem o que é bom, ruim para nós, eles não representam as pessoas, eles representam a si mesmos a seus interesse, e a interesse de 6 duzias, eles são uns verdadeiros chupins, politicos, ministros da justiça, etc, eles deveriam ganhar 1 saário minimo , o povo devia eleger alguém do povo, e a maioria do povo escolhe o que é o bom para todos, sem partidos A ou B.

    E o povo escolhe pela maioria quem vai ficar em cada cargo saude, educação, engenharia, etc

    Não precisa de violência, não precisa dividir o pais, não precisamos de politicos

    E o bolo do dinheiro é dividido igualmente entre todos da união, ai querio ver se falta dinheiro para alguémn ou pra alguma necessidade

  5. Talvez conviesse alguém explicar que a miséria de 0,3% não é nenhum aumento mas apenas a actualização de acordo com a inflação e segundo aquilo que estava estabelecido para o OE2019 e seguintes… 😉 Ou o Rio é ignorante ou é um Xico-esperto… 😉

    • Apesar de estar certo tambem nao é uma diminuiçao, que acontece a muita gente concerteza mais que estes. E então para os deputados este aumento é grande e para quando veremos deputados e politicos doarem material para o Covid 19 ou cortarem nas regalias e ordenados?.
      Nao concordo nada com a sua ultima frase.

      • Independentemente das minhas ideologias politicas, tenho que ser sincero, não consigo perceber as últimas decisões deste governo.

        Em meu entender não fazem qualquer sentido.

        Estes aumentos vão ser suportados mais tarde por todos nós, incluindo pessoas que estão neste momento no desemprego, em lei OF, outras que não preenchem os requisitos para receber subsidio de desemprego encontrando-se numa situação ainda mais complicada.

        Vão ser suportados por Empresas que estão neste momento em dificuldades, a recorrer a Lei Off, a recorrer a créditos para sobreviver, etc…

        Numa altura destas o governo avançar com esta medida alegando que estava previsto, temos que ser sinceros, não faz sentido.

        Estava previsto que muitos trabalhadores e empresas que estão neste momento em enormes dificuldades, estivessem neste momento a trabalhar, em crescimento, aumento de produção, numa situação financeira estável.

        Porque a realidade era essa, empresas e empregados estava-mos neste momento em alta, talvez a atravessar os melhores tempos de sempre.

        Num ápice a situação inverteu-se e em menos de 2 Meses, ficámos á beira da pior crise de sempre, embora alguns possam continuar a acreditar que é a maior a seguir à segunda guerra Mundial, eu acredito que vai ser a maior de sempre.

        Os últimos dias mostram situações que em meu entender são surreais.
        Sou democrata, mas as comemorações do 25 de Abril e este aumento da FP, é completamente o oposto do que defendiam os democratas que fizeram o 25 de Abril.

        As empresas e o Povo sem trabalhar derivado ao estado de emergência e a assembleia da Republica a fazer festa de comemorações do 25 de Abril.

        Empresas a fechar, trabalhadores no desemprego e aumentos na FP.

        Acredito que estes procedimentos não são seguramente a vontade da maioria do povo e seguramente vai ser uma fatura bem dolorosa para o PS.

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