Graça Freitas argumenta que só pela quantidade de infetados, esta nova variante “pode constituir um risco acrescido”. Novas medidas nas escolas podem ser necessárias.
A nova variante do SARS-CoV-2 foi identificada em Portugal Continental e confirmada pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), este domingo. Inicialmente identificada no Reino Unido, a nova variante será 70% mais contagiosa do que o normal e está a preocupar os especialistas de saúde.
Na habitual conferência de imprensa desta terça-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu a possibilidade de o Governo ter de introduzir novas medidas de restrição nas escolas devido a esta nova variante.
Graças Freitas salientou que só pela quantidade de infetados, esta nova variante “pode constituir um risco acrescido”. Além disso, há indicações de que a nova variante pode ter uma maior capacidade de circular entre as crianças e os mais jovens, escreve o Observador. No entanto, Graças Freitas realça que essa hipótese “carece de confirmação”, acrescentando que “não há indícios de que seja mais grave ou mais violenta”.
Neil Ferguson, especialista em doenças infecciosas do Imperial College de Londres e membro do Grupo de Aconselhamento sobre Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG), defende que embora não se tenha estabelecido uma relação de causalidade, é possível ver nos dados que o vírus “tem uma maior propensão para infetar as crianças”.
Coronavírus / Covid-19
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