Charly Triballeau / EPA
Donald Trump
Num evento de angariações de fundos em 2024, Trump revelou que ameaçou Putin e Xi Jinping com bombas nas capitais dos seus repetivos países.
Um áudio recentemente vazado de eventos privados de angariação de fundos para a campanha de 2024 mostram Donald Trump a afirmar que ameaçou líderes estrangeiros com ataques militares e delineou políticas internas de linha dura para atrair doadores ricos.
As gravações, obtidas pela CNN e detalhadas no livro “2024”, de Josh Dawsey, Tyler Pager e Isaac Arnsdorf, Trump relatou conversas em que terá alertado o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, para consequências devastadoras caso procurassem agressão militar.
“Com Putin, eu disse: ‘Se entrarem na Ucrânia, vou bombardear a mer** de Moscovo’“, afirma Trump. “Ele não acreditou em mim. Mas acreditou 10% em mim”. O então candidato presidencial também manifestou uma crescente insatisfação com Putin, descrevendo a resposta russa às tentativas de se selar um acordo de paz “um monte de tretas”.
Um aviso semelhante foi aparentemente emitido a Xi Jinping sobre Taiwan: “Ele achou que eu era louco“, disse Trump. “Mas nunca tivemos problemas”.
As gravações registam também Trump a delinear políticas internas controversas, incluindo promessas de deportar estudantes manifestantes, particularmente aqueles que apoiam causas palestinianas. “Qualquer estudante que proteste, eu expulsá-lo-ia do país”, disse.
Quando um doador levantou preocupações de que estes estudantes pudessem tornar-se futuros líderes, Trump respondeu com um discurso de angariação de fundos: “Se me elegerem, vamos atrasar este movimento 25 a 30 anos“.
Ao longo das campanhas de angariação de fundos, Trump também retratou os Democratas como tendo uma vantagem eleitoral estrutural, citando o apoio dos sindicatos e daquilo a que chamou “pessoas que beneficiam do Estado social”.
Trump gabou-se ainda de pressionar um doador para aumentar a contribuição prometida de um milhão para 25 milhões de dólares em troca de um almoço com ele, dizendo: “É preciso ter a coragem de pedir“.
A campanha de Trump recusou comentar o conteúdo das gravações que foram divulgadas.
