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Pouco se sabe sobre a morte de Khashoggi. Mas há um homem que diz ter muito para contar

Erdem Sahin / EPA

Neste momento, as informações aparecem a conta-gotas. Foi a estratégia usada pelas autoridades turcas, desde o primeiro momento, para gerir a forma como revelaram informações sobre o assassinato de Jamal Khashoggi.

Khashoggi morreu dentro do consulado saudita em Istambul, a 2 de outubro de 2018, numa tentativa de ir mantendo a pressão sobre Riade. A estratégia, aparentemente, ainda tem mais mais gotas para preencher no mar de dúvidas sobre a morte do jornalista saudita, a avaliar pelas mais recentes declarações do presidente turco sobre esta matéria.

Numa entrevista à estação de televisão A-Haber, Recep Tayyip Erdogan deixou no ar a ideia de que a Turquia terá mais informações a acrescentar ao que já revelou sobre o caso.

“Ainda não revelámos todos os dados de que dispomos”. Erdogan garante ainda que Ancara está “determinada em levar este assunto à justiça internacional”, e apela aos Estados Unidos para se envolvam no caso. Mas, na semana passada, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ignorou o apelo do Congresso norte-americano para que se pronunciasse sobre o papel da Arábia Saudita neste homicídio.

Depois de num primeiro momento terem negado o envolvimento no assassinato de Khashoggi, as autoridades de Riade avançaram posteriormente várias versões contraditórias. Agora, sustentam que Khashoggi foi assassinado durante uma operação não autorizada pelo poder saudita.

O caso suscitou uma forte indignação mundial e prejudicou fortemente a imagem da monarquia saudita, em particular a do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman.

Khashoggi, que colaborava com o The Washington Post e cujo corpo nunca foi encontrado, era um crítico feroz daquele príncipe, também designado pelas suas iniciais MBS, que nega qualquer implicação na morte do jornalista.

ZAP // Lusa

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