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Ministros, secretários de Estado e membros dos gabinetes vão fazer testes regulares à covid-19

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António Pedro Santos / Lusa

Depois de terem sido reportados vários casos positivos de covid-19 no Governo, os ministros, secretários de Estado e membros dos gabinetes vão começar a ser testados regularmente.

A informação é avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, que ouviu uma fonte do Ministério da Saúde sobre o processo.

Segundo a mesma fonte, os rastreios à covid-19 no seio do Executivo vão começar “em breve”, adiantando que em causa está o “agravamento da situação epidemiológica” a nível nacional e “a imprescindibilidade de manutenção do regular funcionamento do Governo”.

Até agora, os ministros e secretários de Estado só foram testados quando se verificou contacto com um caso positivo.

Sete dos 19 ministros do atual Governo de António Costa testaram positivo à covid-19, o que equivale a 37%. O primeiro membro do Governo diagnosticado com covid-19 foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em outubro.

Em novembro, o ministro Nelson de Souza, titular da pasta do Planeamento, recebeu um teste positivo depois de o secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, ter sido diagnosticado com covid-19.

A 14 de janeiro, o Governo confirmou que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tinha recebido um diagnóstico de covid-19. No mesmo mês, o Governo confirmou que o ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, tinha testado positivo depois de ter estado em contacto com o ministro da Finanças, João Leão, cuja infeção fora confirmada em 16 de janeiro.

Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, e João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, foram os últimos ministros diagnosticados com covid-19.

Em relação ao início do processo de vacinação dos políticos, ainda não foi indicada qualquer data. Depois da polémica, com vários deputados do Parlamento a recusar a vacinação antes de pessoas com mais de 80 anos, Ferro Rodrigues pediu um grupo de trabalho para acompanhar o processo.

Em apenas quatro dias, os deputados prioritários para serem vacinados contra a covid-19 reduziram de 50 para 35.

Entre os conselheiros de Estado, António Lobo Xavier, que já teve covid-19, diz que só será vacinado se o Presidente da República a isso o obrigar. Este domingo, Marques Mendes disse que não vai tomar a vacina a que tem direito como conselheiro de Estado e que vai esperar pelo momento da sua faixa etária, como “qualquer cidadão”.

Marcelo Rebelo de Sousa só indicou quatro pessoas do Palácio de Belém: ele próprio, um médico e duas enfermeiras.

Maria Campos, ZAP //

 

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