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Trapalhada no INEM. Ex-presidente que se demitiu desmente ministério da Saúde

Vítor Almeida não durou mais de uma semana no cargo de presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e vem, agora, desmentir o ministério da Saúde, garantindo que não saiu por “razões profissionais”.

Vivem-se tempos difíceis no INEM, depois da crescente tensão entre trabalhadores e o presidente demissionário Luís Meira que está forçado a continuar no cargo, depois da demissão de Vítor Almeida.

O próprio Meira tinha-se demitido há cerca de uma semana e o seu sucessor, Vítor Almeida, fez o mesmo.

O médico anestesista do Hospital de Viseu nem chegou a tomar posse na direção do INEM.

Depois da sua demissão, o ministério da Saúde informou que Vítor Almeida entendeu que “não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto actual do instituto”.

Agora, Vítor Almeida desmente o ministério em declarações à Rádio Renascença, salientando que se demitiu por falta de condições para exercer o cargo.

“A decisão é fundamentada, sobretudo, numa análise da ausência de condições para poder exercer as minhas funções com as garantias que são absolutamente necessárias para o desenvolvimento das funções”, aponta o médico anestesista que tem vários anos de experiência na área da emergência médica.

Vítor Almeida revela que impôs várias condições ao ministério, nomeadamente a garantia da manutenção dos helicópteros de emergência médica e o reforço financeiro do INEM.

Sem reforço de verbas o INEM vai continuar a ter os mesmos problemas“, lamenta o médico.

Já em declarações ao Diário de Notícias (DN), Vítor Almeida destaca que teme que o actual modelo do INEM “corra o risco de desaparecer”.

O instituto tem-se debatido com diversos problemas nos últimos anos, inclusive a falta de recursos humanos. A ministra da Saúde já foi ao Parlamento assumir, na Comissão Parlamentar da Saúde, que “o INEM que existe não é o INEM que queremos”.

Entretanto, a demissão súbita de Vítor Almeida, já levou PS, Chega e Iniciativa Liberal a pedirem a audição urgente de Vítor Almeida no Parlamento.

 

ZAP //

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