Tiago Petinga / Lusa
A “guerra dos helicópetros” origina mesmo a saída de Luís Meira. Versões distintas, comunicado divulgado em breve.
O INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica vai ter um novo presidente: Luís Meira apresentou a demissão.
A (forte) hipótese já tinha sido avançada pelo Jornal de Notícias e foi confirmada horas depois, nesta segunda-feira.
Luís Meira conseguiu a reunião urgente que queria com a ministra da Saúde. Esteve com Ana Paula Martins durante 45 minutos e apresentou a sua demissão.
O agora presidente demissionário explicou à ministra que foi aberto um concurso público no início deste ano, mas sem propostas válidas.
Acabou por apresentar a demissão e irá explicar a sua saída num comunicado que vai ser divulgado em breve, segundo o próprio.
A origem desta divergência é a renovação do contrato para os helicópteros de assistência médica.
O Governo alega que não percebe porque o INEM não lançou um concurso público internacional.
Mas o INEM esclareceu que já havia lançado um concurso público em Janeiro de 2023 – mas as propostas recebidas estavam acima do preço base estabelecido de 12 milhões de euros por ano.
O INEM diz ter proposto repetidamente ao Governo um aumento do orçamento anual do concurso, em cerca de três milhões de euros, para garantir a operação de quatro helicópteros 24 horas por dia. No entanto, essas propostas não obtiveram resposta.
Além disso, o INEM diz que não foi consultado sobre a possibilidade de envolver a Força Aérea no serviço de helitransporte de emergência médica, uma opção anunciada pela ministra da Saúde.
