
Elevador da Glória descarrilou esta quarta-feira
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, pelas 18:04, na Calçada da Glória. O descarrilamento provocou a morte de três pessoas e mais de 20 feridos, nove dos quais se encontram em estado grave. O acidente terá sido causado por um cabo do elevador que se soltou.
Segundo avançou à CNN Portugal uma fonte do INEM, o descarrilamento do Elevador da Glória, por volta das 18h desta quarta-feira, provocou três vítimas mortais e mais de duas dezenas de feridos.
Nove dos feridos estão em estado grave, acrescentou à estação televisiva a fonte do INEM. A PSP confirmou a existência de vítimas mortais, mas não especificou o número de mortos.
Em declarações à agência Lusa, a diretora municipal da Proteção Civil, Margarida Castro Martins, indicou que há registo de 20 pessoas envolvidas, dois feridos em estado crítico, cinco ligeiros e vários encarcerados.
Não foram ainda reveladas oficialmente as causas do acidente; a SIC Notícias avança que terá sido causado por um cabo do elevador que se soltou.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros. Com uma lotação que pode chegar a 43 pessoas, é muito procurado por turistas.
De acordo com a SIC Notícias, tinha sido submetido a uma reparação geral em 2022 e uma intermédia em 2024, no âmbito dos protocolos definidos de manutenção periódica.
Uma testemunha do acidente ouvida pela estação televisiva conta que viu o elevador “desenfreado” embater com uma força brutal num prédio e desfazer-se. Os transeuntes começaram então a correr para a Avenida da Liberdade “com medo que embatesse noutro e chegasse à estrada”, relata a testemunha.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, deslocaram-se ao local do acidente.
O Presidente da República lamentou o acidente e, numa nota publicada no site oficial de Belém, fala em “vítimas mortais”, além de feridos graves e ligeiros.
“O Presidente da República lamenta profundamente o acidente ocorrido com o elevador (funicular) da Glória, em Lisboa, em particular as vítimas mortais e os feridos graves, bem como os vários feridos ligeiros”, refere a nota de Marcelo Rebelo de Sousa.
No mesmo texto, o chefe de Estado apresenta “o seu pesar e solidariedade às famílias afetadas por esta tragédia e espera que a ocorrência seja rapidamente esclarecida pelas entidades competentes”.
Segundo disse à Lusa fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, os sapadores enviaram para o local, oito viaturas e 34 elementos. De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e proteção Civil, pelas 19:15, estavam no local 62 operacionais e 22 viaturas.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai abrir uma investigação ao descarrilamento
“O GPIAAF irá abrir uma investigação ao acidente, mas devido à limitação de meios humanos na área ferroviária, apenas amanhã de manhã [quinta-feira] iniciará a recolha de evidências no local”, adiantou à agência Lusa fonte deste organismo público.
Construído pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard e inaugurado em 24 de outubro de 1885, o Elevador da Glória é um dos três funiculares históricos de Lisboa, o segundo do género a marcar presença nas ruas da capital.
O seu percurso, que liga a Praça dos Restauradores, no centro da cidade, ao Bairro Alto (mais precisamente, ao Jardim de São Pedro de Alcântara), é curto, de cerca de 265 metros, mas muito íngreme, e serve tanto turistas como lisboetas que se deslocam entre o centro e o Bairro Alto. Os carros mantêm ainda hoje o aspeto tradicional, de madeira e pintados a amarelo.
ZAP // Lusa