Este sábado, a primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmès, visitou o Hospital Saint-Pierre, em Bruxelas, onde foi recebidas por dezenas de profissionais de saúde de costas voltadas.
Sophie Wilmès, primeira-ministra belga, visitou, este sábado o Hospital Saint-Pierre, uma das instituições de referência para o tratamento dos doentes com covid-19 na Bélgica, e várias dezenas de profissionais de saúde fizeram questão de estar presentes para a receber – mas não pelas melhores razões.
Os profissionais estavam dispostos em duas filas ao longo do caminho até à porta principal do hospital em silêncio. À medida que os carros da comitiva da primeira-ministra passavam, dezenas de médicos, enfermeiros, auxiliares, funcionários administrativos e de limpeza foram virando as costas.
De acordo com o Observador, a “guarda de desonra” serviu para criticar o desempenho da governante na gestão da pandemia e para enfatizar o cansaço dos profissionais na linha da frente do combate ao novo coronavírus.
Segundo o jornal belga The Brussels Time, os médicos queixam-se dos cortes orçamentais, dos baixos salários e da falta de pessoal e criticam a tentativa do Governo de contratar profissionais sem qualificação.
Depois da visita ao hospital de Bruxelas, Sophie Wilmès fdisse ter entendido o protesto como um pedido para o início de conversações entre o Governo e o setor da saúde.
“Nada vai ser igual depois da crise, precisamos de reavaliar a importância da profissão de enfermagem”, disse, aludindo à luta dos enfermeiros, que exigem maior reconhecimento.
A Bélgica, com 11,5 milhões de habitantes, tem 55 mil casos de infeção confirmados e acima de nove mil mortos. Entre sábado e domingo, a Bélgica registou 291 novos casos de covid-19, menos 54 casos, e 47 mortes, o mesmo valor registado no dia anterior.
Entre os países mais atingidos pelo novo coronavírus, a Bélgica conta com maior número de mortos proporcionalmente à sua população, com 78 vítimas mortais por cada 100 mil habitantes.
Coronavírus / Covid-19
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