Vacinas perigosas, QR escandalosos. Familiar recolhe dinheiro para o funeral – foram angariados quase 10 mil euros.
Morreu Michel Reijinga. Tornou-se um dos holandeses mais conhecidos desde 2021, ano em que se tornou o líder do movimento anti-coronavírus nos Países Baixos.
Era contra os confinamentos, não acreditava nas vacinas – que iam colocar as crianças em perigo, alegava. Publicou muitas mensagens e vídeos nas redes sociais a criticar as autoridades e a apresentar as suas visões sobre a pandemia.
Tornou-se conhecido pelos protestos contra as restrições relacionadas com a COVID-19. Organizava “encontros para tomar café” numa época em que era proibido ajuntamentos.
Essas reuniões semanais decorriam na Praça dos Museus, em Amesterdão, e muita gente aderia, iam centenas ou mesmo milhares de pessoas ao encontro – e também houve muitas cenas de violência com a polícia. Chegaram a estar 25 mil pessoas num protesto.
Foi precisamente na Praça dos Museus que apareceram cerca de 400 pessoas na homenagem a Michel. “Ele significou muito para nós numa altura em que éramos vilipendiados”, explicou um dos participantes na homenagem realizada no domingo passado, cita o De Telegraaf.
O activista também era contra os códigos QR: “Lutamos por políticas novas, boas e honestas, o que parece difícil de encontrar ultimamente. A introdução do passaporte médico (certificado digital) e o consequente QR code são a cereja no topo do bolo das medidas já escandalosamente desproporcionais contra o coronavírus. Isto tem de acabar”, disse Reijinga, em 2021, no NL Times.
Foi possivelmente o mais feroz opositor dos confinamentos, dos códigos QR e das vacinas, resume o jornal Volksrant.
Michel dizia que era “um grande pensador e um grande realizador”.
Realizou outro objectivo, em 2022: fundou o partido Samen voor Nederland (Juntos pela Holanda). Um partido liberal que defende “a liberdade , o amor e a verdade”. Concorreu às eleições gerais em 2023 mas só conseguiu 0,05% dos votos. Não está previsto que esteja nos boletins de voto nas eleições deste ano, em Outubro.
Já com a COVID-19 mais “calma”, doou um rim. Mais tarde, sofreu ferimentos graves num acidente com uma botija de gás. “Quando se pensa que já se teve tudo na vida, este só aumenta a diversão. Podia ter sido pior”, escreveu nas redes sociais, na altura.
A 22 de Julho de 2025, morre num incidente de carro, aos 56 anos. Há rumores sobre suicídio.
Um familiar iniciou uma campanha de angariação de fundos para o funeral de Michel Reijinga. Até ao dia da homenagem, domingo passado, já tinham sido angariados quase 10 mil euros.
Coronavírus / Covid-19
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