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Bélgica tem a pior taxa de mortalidade europeia. A transparência é a razão

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Brais Lorenzo / EPA

A Bélgica registou nas últimas 24 horas mais 313 mortes por covid-19, ultrapassando a barreira das cinco mil vítimas mortais, segundo dados hoje divulgados pelas autoridades de saúde federais, em Bruxelas.

Nas últimas 24 horas, foram registadas 313 novas mortes, 114 em meio hospitalar e 199 em lares e casas de repouso, disse, em conferência de imprensa, o microbiologista Emmanuel Andre, o que eleva para 5163 as mortes registadas na Bélgica desde o início do surto no país, em março.

Emmanuel Andre salientou que, das mortes registadas em lares, um quarto foram confirmadas por testes de laboratório como sendo da covid-19 e três quartos contabilizadas como suspeitas, mas não confirmadas.

Os dados de hoje apontam ainda para um total de 36.138 casos de covid-19 no país. Nas últimas 24 horas, 320 pessoas foram internadas e 399 tiveram alta hospitalar.

Ontem, a Bélgica, país com uma dimensão semelhante à de Portugal (11,5 milhões de habitantes) passou a ter a pior taxa de mortalidade associada ao novo coronavírus, com 419 mortes por milhão de habitantes, à frente de Espanha (409), e muito acima daquela registada, por exemplo, na vizinha França (262).

Com uma população ligeiramente superior à de Portugal, a Bélgica (11,5 milhões de habitantes) tem assim quase oito vezes mais mortes (até à data de hoje morreram 629 pessoas em Portugal vítimas da covid-19).

Face a estes dados, o Governo belga já teve de prestar justificações e argumenta que tal se deve ao facto de ser “transparente” e contabilizar as mortes como nenhum outro país o faz.

Segundo a primeira-ministra, Sophie Wilmès, a Bélgica “optou pela maior transparência na comunicação das mortes ligadas ao covid-19″, ainda que isso signifique incluir “números por vezes sobrestimados”.

Uma das particularidades do método de contagem de mortes é o facto de as autoridades incluírem os óbitos registados em lares de terceira idade — são quase 1500 os lares distribuídos pelo país – mesmo sem confirmação, por análise, de infeção pelo novo coronavírus, mas apenas com base em suspeitas.

Na Europa, nenhum país conta como nós. Aqui, fazemo-lo da maneira mais detalhada”, argumenta por seu turno a ministra da Saúde, Maggie de Block, que tem sido duramente criticada internamente pela gestão da crise.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Para onde caminhamos? A Bíblia diz: “E [o rei do norte = Rússia desde a segunda metade do século XIX. (Daniel 11:27)] tornará para a sua terra com muitos bens [1945], e o seu coração será contra a santa aliança [a hostilidade em relação aos cristãos]; e vai agir [isso significa alta atividade no cenário internacional], e voltará para a sua terra [1991-1993. A dissolução da União Soviética e o Pacto de Varsóvia. As tropas russas retornaram a sua terra]. No tempo designado voltará [isso significa também crise, que irá eclipsar a Grande Depressão; a desintegração não só da área do euro, mas também da União Europeia e da NATO. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa. O COVID-19 acelerará esse processo].” (Daniel 11:28, 29a)

    • É a isso que se chama “Democracia”, cada um interpreta como quer o que quer. Continue na boa a auto-convencer-se !…é un entretém como outro qualquer !

    • A Bíblia diz?!
      Estamos em 2020 e tu citas estorinhas de livros medievais?
      Bem… ignorância e alienação dão sempre mau resultado…

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