A investigação ao caso das viagens pagas a políticos pela Galp para os jogos da seleção portuguesa, em França, no Euro2016, conta já com 11 arguidos, 10 indivíduos e uma empresa, confirmou a Procuradoria Geral da República (PGR).
“Confirma-se a constituição de novos arguidos no âmbito da investigação que refere [viagens/Galp]. O inquérito tem, neste momento, onze arguidos, dez pessoas singulares e uma coletiva”, disse à Lusa fonte oficial da PGR, escusando-se a revelar a identidade dos envolvidos, uma vez que o processo “encontra-se em investigação e sujeito a segredo de justiça“.
O Jornal de Negócios avançou que o deputado do PSD Cristóvão Norte, o presidente da Galp, Carlos Gomes da Silva, assim como o administrador da petrolífera Carlos Costa Pina, são os arguidos mais recentes das investigações às viagens pagas pela Galp.
Em resposta escrita enviada à Lusa, a Galp realça que patrocina oficialmente a Seleção Nacional de Futebol desde 1999, e que “convidou pessoas de diferentes quadrantes para assistirem a jogos da equipa portuguesa durante o Campeonato Europeu de 2016, as quais integraram, de forma aberta e transparente, as comitivas de apoio à Seleção”.
Segundo a petrolífera, “as averiguações são uma oportunidade para o esclarecimento cabal dos factos, sendo no interesse de todos que tudo seja clarificado“.
A investigação das viagens pagas pela Galp começou há um ano, no início de agosto de 2016. O Ministério Público já tinha constituído como arguidos os secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, que se demitiram do Governo em 09 de julho.
Em investigação está a prática do crime de “recebimento indevido de vantagem” por aqueles titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos, no exercício das suas funções, e que a Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos pune com prisão de um a cinco anos.
// Lusa
Caso GalpGate
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