O presidente executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, e o administrador Carlos Costa Pina foram constituídos arguidos no âmbito do caso das viagens pagas pela empresa a governantes, durante o Euro 2016, para assistir a jogos da Selecção Portuguesa em França.
O dado foi confirmado ao Jornal de Negócios por fonte da Procuradoria-Geral de República. Em causa está a “alegada prática do crime de recebimento indevido de vantagem“, conforme sustenta o Negócios.
O chamado “Galpgate” já tem, assim, oito arguidos, estando em causa viagens e estadias pagas pela Galp a governantes, durante o Euro 2016.
Os ex-secretários de Estado da Indústria, João Vasconcelos, da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, foram também constituídos arguidos. Os três demitiram-se dos cargos antes da revelação pública desse facto.
Os outros arguidos do caso são o ex-assessor do primeiro-ministro, Vítor Escária, o ex-chefe de gabinete de Fernando Rocha Andrade, Jorge Bezerra da Silva, e o ex-chefe de gabinete de João Vasconcelos, Pedro de Almeida Matias.
Contactada pelo Negócios, a Galp sublinha que “as averiguações são uma oportunidade para o esclarecimento cabal dos factos, sendo no interesse de todos que tudo seja clarificado”. A empresa frisa também que “continua e continuará a colaborar com as autoridades”.
Quanto às viagens pagas aos ex-governantes, a Galp enquadra-as no âmbito do apoio à Selecção Portuguesa, uma vez que é patrocinadora oficial da equipa. Assim, defende que os governantes convidados “integraram, de forma aberta e transparente, as comitivas de apoio à Selecção Nacional”.
Caso GalpGate
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15 Dezembro, 2018 Caso Galpgate. Ex-secretários de Estado deverão ser acusados