As autoridades francesas estão a acusar os Estados Unidos de terem pago para desviar um carregamento de máscaras faciais oriundo da China.
Este episódio é apenas mais um na saga sobre a escassez de máscaras de proteção. No desespero para lutar contra a epidemia, os Estados Unidos parecem não hesitar em adotar práticas agressivas.
A competição para obter máscaras fabricadas na China é tanta que os norte-americanos as compram diretamente nas pistas dos aeroportos chineses antes de iniciarem a sua viagem para França.
“Na pista, os norte-americanos oferecem dinheiro e pagam três ou quatro vezes o preço dos pedidos que fizemos, temos de lutar”, disse Jean Rottner, presidente da região francesa Grand Est, no leste do país, em declaração à rádio francesa RTL.
Segundo Rottner, os aviões partem em seguida rumo aos Estados Unidos – e não à França. “É complicado, lutamos 24 horas por dia” para ter as máscaras, disse, explicando que criou uma célula especial na sua região para tratar a questão. Uma remessa do material seria distribuída a profissionais que trabalham em lares de idosos.
Muselier também reclamou das práticas norte-americanas e do desvio das mercadorias com a oferta de um valor mais alto. “A maior dificuldade é a entrega. Diante deste problema, estamos a aumentar a segurança das remessas para que não sejam comprada por outros”, reiterou.
Em declarações à estação televisiva Russia Today, o responsável explicou que o carregamento, que continha cerca de 60 milhões de unidades deste equipamento de proteção, deveria ter chegado ao país nas últimas horas, mas “houve problemas com a entrega”.
Depois de meses de recomendação aos cidadãos norte-americanos para evitarem o uso de máscaras cirúrgicas, os Estados Unidos estão a mudar de estratégia, tomando como exemplo os vários países asiáticos. A ideia é apoiada por Donald Trump, que aconselhou as pessoas a criarem as suas próprias máscaras improvisadas, caso não consigam obter o material médico.
França conta com 56.989 casos confirmados de infeção por Covid-19 e 4.032 mortos. Já os Estados Unidos são o país com o maior número de casos de infeções: mais de 210 mil casos e 4.475 mortes.
ZAP // RFI
É caso para se dizer que com amigos destes ninguém precisa de inimigos.
Acredito que vai começar o pesadelo da Europa, os EUA e a Rússia com muitas pessoas infectadas.
A Europa vai pagar bem caro a deslocação das empresas de produção para a China.
E vai pagar caro também os estados unidos da America…
toca a todos!
Claro, embora os EUA tenham uma capacidade de negociar com a china completamente diferente dos Países europeus.
Os Países europeus negoceiam de forma independente, cada um por si, mesmo dentro da UE há desvios de uns países para os outros.
Cada Pais faz o seu negócio de forma diferente, preços, prazos de pagamento, de entrega, etc…
Os EUA (Estados Unidos da América), fazem um única compra para todos os estados, compram quantidades diferentes, têm outros argumentos para negociar, são mesmo estados unidos, a UE só é união de NOME.
Por essa razão acredito que os produtos vão começar a faltar na Europa.
Nem mais!
Finalmente acordaram para o uso da máscara.
Por cá e nesta Europa decadente, que está a deixar morrer o seu povo por não ter capacidade industrial para produzir simples máscaras não diz nada. Neste caso bato as palmas a Trump “Se não tiverem máscaras usem um lenço forte que ainda é melhor”. O capital investiu tudo na China, à custa dos empregos, etc. etc. para nós europeus na ganância do lucro fácil. Agora, nem para dizer “façam máscaras” “desenrasquem-se” são capazes. Não podem, ficam mal politicamente, o povo que vá morrendo, aguente-se. Alguém deveria ser punido por instar o nosso povo a não usar máscara…
Concordo!
O que o senhor Jean Rottner tem de lutar é para que a sua França volte a ser um país digno e os restantes europeus façam o mesmo, entregaram com a globalização a indústria aos chineses e seus vizinhos, agora rebentou-lhes a bomba nas mãos e teimam em recusar reconhecer onde está toda a origem do mal. Quem escapar que vos exija explicações e que a Europa jamais se renda a interesses terceiros, se é que pretendem sobreviver.
E os Americanos não entregaram também as suas fabricas aos Chineses? Não julga que os IPhone são feitos nos States pois não? Se já confundimos pirataria que é o que os Americanos estão a fazer, com outros assuntos tão diferentes como agua e vinho então não há base para se discutir seja o que for.
Assuntos diferentes? Não está você a procurar encobrir os maus caminhos dos europeus, ou entenderá que a UE foi feita para se traírem uns aos outros, as mesmas situações estão-se a passar dentro da união, porque agora chegamos a uma situação do safe-se quem puder, coisa que poderia ser minimizada se os países da Europa tivessem capacidade de resposta para as nossas necessidades, demitiram-se dos seus deveres para com os cidadãos e estão a pôr à prova que de união só o nome.