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19 portugueses estão retidos em Machu Picchu: não há comboios. Cidade pode perder título de nova maravilha do mundo

Locais destruíram a linha de comboio, única saída da cidade Inca. Grupo de Viseu, na sua maioria idosos, ainda não sabe quando vai regressar. Machu Pichu pode deixar de ser uma das “Novas 7 Maravilhas do Mundo”.

Mais de 1000 pessoas, na sua maioria turistas encontram-se de momento retidas na “cidade perdida dos Incas”, no Peru, entre as quais se encontra um grupo de 19 portugueses.

À medida que a população local continua a exigir melhores condições de mobilidade e transportes, os recentes tumultos na localidade, Património Mundial da UNESCO, acabaram mesmo por danificar de tal forma a linha de comboio que encerraram aquela que é a única saída do local.

AO incidente ocorreu no final da viagem do grupo de 19 viriatos, que começou no dia 5 de setembro. Na noite desta terça-feira, ainda não havia uma certeza para quando o grupo de pessoas idosas, maioritariamente, com mais de 65 anos, segundo a TVI, pode regressar.

A saída de Inca faz-se exclusivamente via comboio ou através de uma complexa caminhada de cerca de três horas. O grupo não sabe ainda quando chegará a Cusco e depois a Lima, capital do Peru.

Em janeiro do ano passado, Machu Picchu entrou em greve por tempo indeterminado e forçou a saída de centenas de turistas da joia peruana, em protesto contra a “privatização sistemática” da cidade inca.

O conflito agora decorre de um pedido de autorização para a operação de 18 novos autocarros pela empresa Sumaq Ayllu, após a rescisão do seu contrato com a Consettur, acusada de levar a cabo um monopólio de 30 anos e de conluio com a empresa ferroviária Peru Rail, segundo a comunicação social do país andino citada pela ANSA.

Os prejuízos para hotéis, restaurantes e empresas envolvidas já ultrapassaram 730 mil euros em apenas dois dias de paralisação, com uma queda de 40% nas reservas turísticas.

Para agravar a situação, a campanha New7Wonders alertou que o título de uma das “Novas 7 Maravilhas do Mundo”, concedido em 2007 pela New Open World Corporation, poderá ser revogado se o governo do Peru não garantir uma gestão “sustentável e moderna” do local.

O risco de perder esse estatuto internacional, que tornou Machu Picchu um ícone global e uma fonte de rendimento para milhares de famílias, gerou alarme entre o governo e as operadoras de turismo. Entretanto, a Peru Rail e a Ferrovia Transandina confirmaram a suspensão indefinida dos seus serviços até que as estradas sejam desbloqueadas.

ZAP //

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