“É tempo de apurar tudo sem limites nem medos.” É Marcelo Rebelo de Sousa quem o diz sobre o trágico incêndio de Pedrógão Grande que matou 64 pessoas. E António Costa “chuta a bola” para a ministra da Administração Interna pedindo o “cabal esclarecimento” sobre o que falhou.
Após ter começado por pedir união e solidariedade no momento da tragédia em Pedrógão Grande, onde um incêndio descontrolado e de grandes dimensões levou à morte de 64 pessoas, o Presidente da República diz agora que é preciso apurar tudo o que se passou, “mesmo tudo”, “no plano técnico” e “no institucional”.
Num artigo escrito para o jornal Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa refere que é preciso “terminar a árdua missão dos últimos dias, acelerar a reconstrução, e apurar tudo, mas mesmo tudo, o que houver a apurar”.
Considerando que vêm aí “meses muito exigentes”, o Presidente realça a importância de haver “iniciativas e convergências entre partidos políticos nestas três frentes de intervenção”, manifestando-se disponível para as apoiar.
O chefe de Estado nota que “tudo fez para criar condições aos operacionais de combate ao fogo em clima de unidade nacional”. Mas agora, a sua “missão” é “garantir que todas as interrogações sobre factos e responsabilidades tenham uma resposta rápida e exaustiva“, escreve também.
No início deste texto, Marcelo recorda que, na sua comunicação ao país, no domingo à noite, afirmou que se estava a viver “uma tragédia quase sem precedente na história do Portugal democrático”, que provocava “uma dor sem medida”.
“Disse, também, que havia interrogações e sentimentos, que não deveríamos esquecer, mas que a hora era ainda de combate contra os fogos, determinando mobilização total perante essa prioridade”, prossegue.
Nesta altura, quando “a fase do combate parece estar a chegar ao seu termo” e “os passos para a reconstrução já começaram”, “é tempo de, sem limites ou medos, se apurar o que, estrutural ou conjunturalmente, possa ter causado ou influenciado, quer o sucedido, quer a resposta dada”, nota o Presidente.
Marcelo frisa que é preciso apurar explicações “no plano técnico” e “no institucional” e “num prazo que não esvazie o significado do apuramento, nem acabe por retirar utilidade às suas conclusões”.
António Costa pede “cabal esclarecimento” à ministra
No Governo, o primeiro-ministro assinou um despacho onde ordena à ministra da Administração Interna que providencie um “cabal esclarecimento” sobre as falhas ocorridas na rede do Sistema de Comunicações, o SIRESP.
Este despacho de António Costa surge na sequência da resposta da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ao primeiro-ministro, assumindo as falhas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira, no teatro de operações de combate ao incêndio de Pedrógão Grande, mas alegando que foram supridas por “comunicações de redundância”.
O primeiro-ministro enviou o despacho também para a Procuradoria-Geral da República, “com conhecimento à ministra da Justiça”, notando que pode ser um dado “relevante” para o inquérito que está a decorrer.
Governo recusa suspender concurso de ordenamento de eucaliptos
Entretanto, o ministro da Agricultura recusa suspender o concurso de nove milhões de euros, em fundos comunitários, para ordenamento de eucaliptos, assegurando que o objectivo é ordenar a plantação desta espécie e não permitir mais área plantada.
Luís Capoulas Santos nota que a intenção é “travar a expansão da área do eucalipto, mas em menos área produzir mais matéria-prima para uma indústria que representa dois mil milhões de euros de exportações”.
O governante responde assim ao pedido do Bloco de Esquerda (BE) de suspensão do concurso de rearborização de eucaliptos.
De acordo com o ministro da Agricultura, os apoios dados à floresta, sem discriminar espécies florestais, visam “ordenar a floresta portuguesa”, geri-la profissionalmente e garantir que seja certificada “para que se reduza o risco de incêndios” e “para que aumente a sua rentabilidade económica”.
“Aquilo que está a arder é floresta desordenada”, advoga ainda o governante, assegurando que todos os apoios à florestação obrigam a que os promotores respeitem “ordenamento florestal, gestão florestal, certificação florestal e faixas entre as plantações”.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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a ministra que peça a sua demissão ela é a culpada disto tudo ! . . . que siga o exemplo do ex:: ministro jorge coelho do ps .
Ó Sr Silva. Buzios,.. búzios, tá asno.
Cá está novamente a manipulação de títulos… “Costa atira a “batata quente” à ministra” Mas a quem é que o Primeiro Ministro podia pedir um ““cabal esclarecimento” sobre as falhas ocorridas na rede do Sistema de Comunicações, o SIRESP.”? A mim? Concerteza que teria que ser à Ministra da Administração Interna! E isso é atirar “a “batata quente””? Deixem de tentar minar o Governo! Não tentem (inventem) ver coisas onde elas não existem! Incomoda este Governo à imprensa? Pois claro! Mas não têm nada a fazer… Para além do vosso trabalho que devia ser idóneo. Devia…
Ao senhor António Silva: “ELA É A CULPADA DISTO TUDO !”. Você é parvo!? Então a Ministra é culpada da incompetência (para não dizer algo mais) do que se passou? A única? Onde esteve ao longo destes anos (partindo o principio que é maior de idade)? Não viu a actuação dos consecutivos Governos que passaram? E nem me refiro a cores! TODOS são culpados! Demissão? Deviam ser TODOS PRESOS!!! TODOS!!! Siga o exemplo de muita gente. Não faça comentários… Siga o exemplo do Relvas…
O melhor mesmo a fazer são os que governam e apoiam mais os que estão na oposição se considerarem todos incompetentes e irresponsáveis logo a começar por aqueles que fazem parte do teatro da AR e sentarem-se todos à volta de uma mesa com gente entendida na matéria « cuidado que há por aí muitos doutores e engenheiros de aviário e que muito discutem mas nada percebem sobre o campo de aves de rapina!» e porem em prática o mais rapidamente possível um ordenamento da floresta e uma protecção adequada a todas as aldeias para que no mínimo mais ninguém tenha que fugir para a morte, quanto aos meios de comunicação adequados para a circunstância e que falharam e de que maneira trágica, se antes afirmavam os governantes que tudo estava a marchar sobre rodas, talvez o melhor será cada um assumir a sua quota parte e que não sacuda a água do capote.
São Socialistas com certeza !
Agora a Ministra pode passar a batata quente ao GNR que não fechou a Estrada da Morte.
Em qualquer outro país democrático, algum responsável político já teria assumido a responsabilidade política e pedido a demissão.
Mas Portugal não passa de uma República das Bananas.
A corrupção e a incompetência morrem sempre solteiras.
Ou seja vão travar a expansão da área do eucalipto, mas em menos área produzir mais matéria-prima para uma indústria que representa dois mil milhões de euros de exportações ou seja transferir a cultura do eucalipto de terrenos marginais que vão ficar completamente improdutivos e cheios de mato para terrenos mais ferteis onde poderiam ser cultivados castanheiros, sobreiros, vinhas, olivais, etc. e ainda por cima com subsidios! CONCLUSÃO: JOGADA DE MESTRE DAS CELULOSES!