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“Isto não é a União Soviética.” César pôs os pontos nos is e Costa teve que recuar nas PPP

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Mário Cruz / Lusa

O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, com o presidente do PS, Carlos César.

A divisão no seio do grupo parlamentar do PS determinou a mudança de posição do Governo, no âmbito das Parcerias Público-Privadas (PPP) na Saúde, depois de ter acordado com o Bloco de Esquerda acabar com elas. “Isto não é a União Soviética”, foi o ponto de ordem que originou o volte-face.

O Governo começou por ser contra o fim das Parcerias Público-Privadas (PPP) na Saúde, no âmbito da discussão da nova Lei de Bases da Saúde, mas mudou de ideias uma primeira vez, cedendo a uma pretensão do Bloco de Esquerda.

Depois de os bloquistas anunciarem a medida, no âmbito de um acordo com o Governo, o Executivo de António Costa veio desmentir, falando apenas numa “versão de trabalho”. E, posteriormente, deixou cair a medida, voltando à ideia inicial.

Um volte-face que surgiu devido à divisão no PS, como reporta o Expresso, notando que “Carlos César recusou uma cedência total ao Bloco de Esquerda”.

Isto não é a União Soviética“. O ponto de ordem da bancada socialista foi lançado à ministra da Saúde, Marta Temido, e António Costa não teve outra solução que não recuar. Até porque Marcelo Rebelo de Sousa também se manifestou contra o fim das PPP na Saúde.

O Governo já tinha traçado um plano para fintar o previsível veto do Presidente da República, num documento enviado ao Bloco de Esquerda, onde se assinalava o acordo para o fim das PPP. Mas acabou por mudar de ideias.

António Costa tenta agora evitar uma guerra total com o Bloco, a pensar na necessidade de eventuais acordos à esquerda para depois das eleições legislativas.

Em declarações ao Expresso, Catarina Martins, líder dos bloquistas, exige ao primeiro-ministro “uma palavra conclusiva” sobre o assunto.

ZAP //

 

8 Comments

  1. … não é a União Soviética, mas para vocês PS é uma fonte de rendimentos inacabável. Deus tenha dó de todos nós e nos livre destes PARIAS terrestes.

  2. Isto é bom para perceber quem está por detrás do apoio aos Mellos e outros das 50 familias que agora chulam o povo Português na procura de tratamento médico. São estes os jogadores que minam o SNS. Chamam-se Carlos e Marcelo e até as vezes Adolfo

    • Só vão aos Mellos quem quer, eu não vou e não me importo que outros frequentem o privado, se o Estado não consegue dar conta do recado então tem que recorrer ao privado, o Estado que faça o seu trabalho bem feito e não vai necessitar dos privados para nada.
      Ainda bem que há gente com juízo no PS, o Kosta deve estar a querer seguir os passos do pai dele.

      • Só?!
        Então espero que nunca tenhas necessidade de ir ao Hospital de Braga, senão, mesmo com tudo pago pelo Estado, lá estão os Mello!…
        O Estado não precisa dos privados para nada; como se tem visto, os privados é que precisam do Estado!…

  3. Isto não é a União Soviética mas a verdade é que os defensores de tal regime ditatorial vão tendo voz neste país, o próprio governo é seu aliado e por um fio estivemos quase a cair nessa ditadura que a acontecer seria bem mais severa do que a anterior e hoje as cadeias estariam repletas de prisioneiros políticos e muitos já teriam desaparecido sem deixar rasto.

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