O ex-primeiro-ministro José Sócrates, preso preventivamente em Évora, disse esta sexta-feira que aceitou responder a perguntas da TVI por “legítima defesa contra os crimes de violação do segredo de justiça” e “contra um poder obscuro”.
O ex-primeiro-ministro, que aceitou responder por escrito a seis perguntas da TVI, alegando “legítima defesa pela violação do segredo de justiça”, afirmou que a medida restritiva da liberdade foi tomada para o calar.
“Sei que quiseram inibir-me de falar“, acentuou, acrescentando que a prisão preventiva é “uma infâmia”, que foi “utilizada para aterrorizar, para despersonalizar e para calar“.
Reiterando a sua inocência, José Sócrates sublinhou que aceitou dar a entrevista escrita à TVI, através de perguntas entregues pelo seu advogado, João Araújo, contra “a divulgação de ‘informações’ manipuladas, falsas e difamatórias”.
Na introdução que escreveu antes de responder às questões, José Sócrates afirmou que as violações do segredo de justiça são “uma agressão feita cobardemente e a coberto do anonimato”.
“A prisão substitui-se ao processo, à investigação, aos indícios, às provas, ao contraditório”, escreveu José Sócrates, depois de o seu advogado, João Araújo, ter sido portador das seis questões.
Sobre o indício de corrupção, crime que lhe é imputado juntamente com o de branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, Sócrates classificou-o como o “mais ignominioso” e negou que tenha praticado qualquer ilícito.
“Os factos não têm conexão com crimes”, referiu.
Garantindo que não sabia que estava a ser investigado, José Sócrates salientou que “não há nem podem existir indícios ou provas” e vincou que o processo judicial tem “contornos políticos”.
Em resposta a uma das perguntas, Sócrates referiu que “o dinheiro” da conta de Carlos Santos Silva, amigo de longa duração também arguido neste processo, resulta de um empréstimo.
“Pedir dinheiro emprestado não é crime em lado nenhum“, disse, negando as alegadas entregas de dinheiro em Paris, designadamente a viagem do seu motorista, João Perna, também arguido no processo.
O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de novembro, no aeroporto de Lisboa, quando chegou a Lisboa, proveniente de Paris.
/Lusa
Ele, Socrates, é o poder obscuro. Montou uma equipa de bufos, espiões e traidores sem moral, nem dignidade. O seu MNE, Luís Amado, espiava para a CIA. Mandava realtórios do que se passava nas reuniões dos MNE da União Europeia. Os seus relatórios foram apanhados pela Wikileaks. O seu prémio. imaginem só, é presidente do BANIF. um gajo que tem um curso da treta das realações internacionais. Escroqueria esta do PS.