Frederico Pinheiro acusa o ministério das Infraestruturas de ocultar documentos. O ex-adjunto de João Galamba vai ser ouvido hoje na comissão de inquérito à TAP. Galamba diz manter-se imune ao ruído.
João Galamba diz que não se sente fragilizado devido às recentes polémicas e considera manter “todas as condições” para exercer o cargo.
“Sinto-me extremamente motivado, todos os dias. Motivado a trabalhar e a concretizar. É esse o meu trabalho, é esse o meu mandato e é isso que continuarei a fazer”, disse João Galamba, ontem, numa visita à obra de modernização do troço Mangualde – Celorico da Beira, da Linha da Beira Alta.
O Ministério de João Galamba está a ser acusado, por Frederico Pinheiro, de tentativa de ocultação de documentos pedidos pela comissão parlamentar de inquérito à TAP.
Em causa, notas do ex-adjunto da reunião preparatória da audição da ex-presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, na véspera da audição na comissão parlamentar de Economia, que ocorreu a 16 janeiro.
João Galamba negou as acusações, sublinhando que não houve ocultação uma vez que as notas, enviadas pelo ex-adjunto no corpo de um email, foram endereçadas à comissão de inquérito.
Questionado sobre a audição na comissão parlamentar de inquérito à TAP, na próxima quinta-feira, João Galamba disse que só lá responderá a perguntas.
“Estamos hoje aqui a testemunhar e a ver uma grande obra, da maior importância para o país. O meu trabalho não é responder sobre a comissão de inquérito. O meu trabalho é ser ministro das Infraestruturas e é por respeito a este território, a esta obra, ao presidente da Câmara de Mangualde, ao presidente da Junta de Abrunhosa e a toda a gente que aqui trabalha todos os dias que o meu foco, neste momento, é exclusivamente aqui”, afirmou.
O caso, que remonta a 26 de abril, envolveu denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido.
A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Na altura, João Galamba apresentou a demissão – não aceite por António Costa -, mas agora diz que, “apesar das distrações”, pretende manter “um grande empenho”, para que as obras nas várias áreas abrangidas pelo seu ministério aconteçam.
“Era o que mais faltava um ministro deixar afetar-se pelo ruído. O objetivo e a obrigação do mandato de um ministro é governar, e é isso que eu faço todos os dias e continuarei a fazer”, frisou.
João Galamba diz que ninguém tem de se preocupar com a sua “falta de foco” e comprometeu-se a entregar, “com grande ritmo de execução, aquilo que o mandato exige, em todas as áreas”.
“Seja na rodovia, na ferrovia, nos portos, na aviação e no digital, é o meu trabalho que continuarei a fazer sem hesitações nenhumas, mas sempre com o empenho que tinha, que tenho e que terei”, rematou.
ZAP // Lusa
Caso Galamba
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Grande bisca este aldrabão!!!
Galamba e Costa são vírus socráticos deste governo. Só têm um caminho: RUA!
Alguém acredita no Galamba?
É só galambadas (=mentiras).
É uma vergonha a gestão do Ministério das Infraestruturas. E então a exoneração do adjunto é um verdadeiro desastre, pois exonera-o primeiro (pelo telefone para mostrar poder) e só depois é que procuram guardar o computador do adjunto quando este o vem buscar ao Ministério. Tanta incompetência e amadorismo.
Quanto ao papel do ex-adjunto, este não “tirava” notas nas reuniões em que participa? Qual o papel de um adjunto, sendo que este já tinha sido adjunto de vários ministros? Foi competente só até à data que interessava. Pelo que parece só ele é que tinha os planos para a privatização da TAP no seu computador… Mas alguém acredita no que é afirmado pela rapaziada do Ministério das Infraestruturas?