Caso Galamba: SIS ilibado

José Sena Goulão / Lusa

Frederico Pinheiro, ex-adjunto de João Galamba.

Em causa a operação com vista a recuperação de um computador de Frederico Pinheiro, ex-adjunto do antigo ministro das Infraestruturas João Galamba.

O Ministério Público (MP) arquivou esta terça-feira o inquérito relacionado com a operação desencadeada por agentes do Serviço de Informações de Segurança (SIS) para recuperar um computador junto de Frederico Pinheiro, ex-adjunto do antigo ministro das Infraestruturas João Galamba.

“Das diligências realizadas concluiu-se pela insuficiência de indícios quanto à verificação dos crimes em investigação – abuso de poder, ameaça ou coação”, refere uma nota do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, publicado na página da Procuradoria-Geral da República.

Segundo a nota, o MP determinou o arquivamento do inquérito “relacionado com a ação operacional desencadeada por agentes do Serviço de Informações de Segurança (SIS) com vista à recuperação de um computador levado do Ministério das Infraestruturas por um ex-adjunto”.

Importante sublinhar que o processo arquivado se refere apenas à operação do SIS e não a Frederico Pinheiro.

No decurso do inquérito, adianta o MP, procedeu-se à recolha de prova documental e testemunhal.

O ex-adjunto do ministro João Galamba saltou para a ribalta mediática num caso que envolve a TAP, agressões, uma acusação de roubo e até assessoras escondidas na casa de banho.

Galamba foi alvo de uma queixa-crime por parte de Frederico Pinheiro, por difamação no mesmo caso do computador, quando já estava afastado do Governo há meio ano. O ex-primeiro-ministro, António Costa, também foi acusado pelo protagonista de um livro sobre a TAP.

Pinheiro considera que foi vítima de uma “condenação pública”, com o objectivo de o “difamar, ao impor terror face à sua conduta” – e isto sobre acontecimentos que “nem sequer presenciaram”. O antigo elemento do Governo também se queixa de ter tido consequências pessoais e profissionais dificilmente reparáveis por causa desta “novela”.

ZAP // Lusa

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