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Governo prolonga alerta. Ministra deixa sala sem responder aos jornalistas: “Vamos embora”

António Pedro Santos / LUSA

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, deixa sala

Maria Lúcia Amaral justifica decisão: “Ainda persistem dificuldades e condições muito desfavoráveis”. Mas não dá explicações.

Três dias depois, alerta prolongado mais uma vez.

A situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prorrogada até às 24h00 de terça-feira, dia 19 de Agosto, anunciou neste domingo a ministra da Administração Interna.

«Ainda persistem dificuldades, ainda persistem condições muito desfavoráveis. O agravamento dos ventos e as dificuldades operacionais causadas pelo fumo que envolve vários territórios, e que impede a atuação eficaz dos meios aéreos, são algumas dessas condições desfavoráveis. Por esse motivo, o Governo decidiu prorrogar por mais 48 horas a vigência da situação de alerta», justificou Maria Lúcia Amaral, numa declaração na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

A situação de alerta, que teve início no dia 2 de Agosto, tinha já sido renovada consecutivamente várias vezes, a última das quais até às 24h00 de hoje, vigorando agora por mais 48 horas.

Este processo contempla «a exigência de prontidão de todo o dispositivo de combate aos incêndios», que se mantém no grau mais elevado, e «continuação de todas as proibições» já fixadas sobre queimadas ou recurso a artefactos pirotécnicos, reforçou a governante.

Maria Lúcia Amaral salientou ainda que os dois aviões Canadair emprestados por Marrocos continuarão em serviço no combate aos incêndios até à próxima quarta-feira.

Quando acabou a sua declaração, iam começar as perguntas dos jornalistas. As duas primeiras foram: “Que palavras tem para os autarcas, que dizem que estão a combater fogos sozinhos? O apoio do Governo não chegou tarde demais?”.

A ministra levantou-se ainda durante a primeira pergunta e abandonou a sala. Só disse “vamos embora” a quem estava consigo na mesa e foi embora.

ZAP // Lusa

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