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Apoiantes de António Costa venceram em 10 das 19 federações

(dr) PSocialista / Flickr

António José Seguro com António Costa em Lisboa, Setembro de 2013

António José Seguro com António Costa em Lisboa, Setembro de 2013

As eleições para as federações do PS concluíram-se no sábado, com os candidatos que apoiam António Costa às eleições primárias socialistas a vencerem em 10 das 19 estruturas.

As votações concluíram-se em oito federações este sábado, juntando-se aos resultados das federações que realizaram as eleições na sexta-feira, perfazendo o total das 19 estruturas socialistas.

No sábado, decorreram as votações em Braga, Coimbra, Castelo Branco, Viseu, Santarém (começou na sexta-feira), Porto, Vila Real e Algarve.

Os candidatos que apoiam o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, nas primárias socialistas de 28 de setembro venceram em Lisboa, Aveiro, Federação Regional do Oeste, Leiria, Setúbal, Braga, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Algarve.

Os candidatos que apoiam nas primárias o secretário-geral do PS, António José Seguro, venceram em Bragança, Viana do Castelo, Coimbra, Viseu, Santarém, Baixo Alentejo, Guarda, Porto e Vila Real.

Em Braga, Joaquim Barreto, apoiante de António Costa, venceu as eleições por “cerca de 500 votos” a Maria José Gonçalves, apoiante de António José Seguro, mas manteve a intenção de impugnar o ato eleitoral por querer uma vitória com “verdade democrática”.

“Vou manter o que disse no voto de protesto. Ganhei, mas estes resultados são falseados. Por exemplo, em Cabeceiras de Basto fui confrontado com gente que pertenceu nas últimas autárquicas a lista adversárias do PS a votar, isto a juntar à vergonha que se verificou com os cadernos eleitorais e com a própria convocatória das eleições”, declarou Joaquim Barreto à Lusa, após conhecidos os resultados que lhe davam a vitória com 2.240 votos contra 1.669 de Maria José Gonçalves.

O atual presidente da Federação Distrital de Coimbra, Pedro Coimbra, apoiante de António José Seguro, foi reeleito para o cargo, que disputou com Mário Ruivo, apoiante de António Costa nas primárias do PS, e que anunciou a impugnação do ato eleitoral e para os delegados ao congresso federativo.

Mário Ruivo acusou a Comissão Organizadora do Congresso de não ter cumprido os prazos na emissão dos cadernos eleitorais e de não lhe ter sido dado acesso a este documento, ao contrário do seu opositor e das duas candidatas às Mulheres Socialistas.

Em Viseu, venceu o antigo presidente da Câmara de Resende António Borges, apoiante de Seguro, com 72,53% dos votos, enquanto Acácio Pinto, apoiante de Costa, obteve 27,47%.

Em Santarém, foi reeleito o atual presidente da Federação, António Gameiro, apoiante de Seguro, contra Maria do Céu Albuquerque, apoiante de Costa, conseguindo 507 dos 807 votos de militantes do distrito.

Hortense Martins, apoiante de António Costa, venceu a distrital de Castelo Branco, com 57% dos votos, contra 43% de João Paulo Catarino.

No sábado, votaram três federações em que existia um único candidato: José Luís Carneiro, no Porto, apoiante de Seguro nas primárias, Francisco Rocha, em Vila Real, que também apoia o secretário-geral socialista, e António Eusébio, recandidato à presidência da Federação do Algarve, apoiante de Costa.

Na votação de sexta-feira, os eleitos que tinham declarado apoio a António Costa foram Marcos Perestrello (Lisboa), Ana Catarina Mendes (Setúbal), Pedro Nuon Santos (Aveiro), José Miguel Medeiros (Leiria), Carlos Miguel (Oeste), Luís Testa (Portalegre) e Capoulas Santos (Évora).

Já os eleitos Mota Andrade (Bragança), José Carpinteiro (Viana do Castelo), José Albano Marques (Guarda) e Pedro do Carmo (Baixo Alentejo) tinham declaracado o apoio a António José Seguro nas primárias para escolher o candidato do PS a primeiro-ministro.

Os universos eleitorais das eleições para as federações e das eleições primárias de 28 de setembro são distintos.

Para as federações podiam votar 46.229 militantes socialistas (com quotas em dia), segundo dados oficiais do PS, enquanto para as primárias poderão votar todos os militantes socialistas (mesmo sem as quotas em dia) e todos os cidadãos que se inscreverem como simpatizantes até dia 12 de setembro (mais de 55 mil estavam registados até à passada quarta-feira).

/Lusa

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