O primeiro-ministro António Costa recusou responder às críticas feitas por José Sócrates. Carlos César, presidente do PS, reafirma o que disse em 2018.
Este sábado, António Costa recusou responder às críticas feitas por José Sócrates e escudou-se na judoca Telma Monteiro para sublinhar que se deve ter presentes os “bons exemplos”.
Em Lisboa, à margem da condecoração da judoca com a medalha de Honra ao Mérito Desportivo, o governante foi questionado se queria responder às acusações do antigo primeiro-ministro e ex-líder socialista que, contestando ao dirigente socialista Fernando Medina, acusou o seu “mandante” na liderança do PS de “profunda canalhice”.
Costa não quis responder e disse apenas: “Hoje estamos a falar da Telma Monteiro, que é o que conta, são os bons exemplos que devemos ter presentes, que devemos seguir e que nos devem guiar”.
“Foi a Telma Monteiro que me trouxe aqui, foi o judo português que me trouxe aqui, e é sobre o judo português e a Telma Monteiro que eu quero falar”, acrescentou.
Por sua vez, Carlos César, presidente do PS, reafirmou as críticas que fez em 2018 ao ex-primeiro-ministro. “Não tenho nada a acrescentar ao que disse há três anos. Fi-lo e com o necessário vigor”, explicou ao Público.
Nesse ano, César foi uma das pessoas que criticou de forma mais dura Sócrates, tendo levado até à sua desfiliação do PS, como o próprio ex-primeiro-ministro tornou público.
“Evidentemente penalizamo-nos muito, ficamos entristecidos, até enraivecidos, que pessoas que se aproveitam de partidos políticos e designadamente do PS tenham comportamentos desta natureza. Evidentemente que ficamos revoltados. A vergonha até é maior [no caso Sócrates] porque era primeiro-ministro”, disse, na altura, na TSF.
As reações vão-se multiplicando, num partido que já não está a uma só voz, depois de José Sócrates ter sido ilibado dos crimes de corrupção na Operação Marquês.
Ivo Rosa acusou declaradamente José Sócrates de se ter “vendido” ao amigo Carlos Santos Silva, mas o crime já prescreveu e, portanto, o antigo PM está apenas acusado de branqueamento de capitais, arriscando até 12 anos de prisão.
Convenientemente “crime já prescreveu”… Depois de tanta “investigação” conseguiram deixar prescrever os crimes… É por estas e por outras que ninguém leva Portugal a sério, a justiça é uma anedota, só é bom mesmo para passar férias.
São manobras dilatórias.. só ao alcance de quem tem muitas fotocópias.