Pódio sem alterações, Braga desliza e castores voltam a surpreender. O recorde de Bruno Fernandes, Messi de cabeça perdida. E o 1º cartão branco no Campeonato de Portugal, visto da Linha de Fundo.
Garras em riste
FC Porto 1 (Moussa Marega 25′) – SL Benfica 1 (Álex Grimaldo 17′)
O Benfica acordou. No Dragão, a equipa encarnada conseguiu dar uma resposta com fibra, empenho, intensidade, sendo superior nos duelos. Jogo dividido, que ninguém queria empatar, com bons momentos de futebol de parte a parte. O campeão mostrou maior desgaste, por isso, não mostrou a habitual acutilância. Por outro lado, teve pela frente um adversário mais consistente e robusto do que o habitual.
O FC Porto entrou forte, as águias resistiram, sabendo controlar o ataque do adversário, conseguindo equilibrar a partida. Resgatou a bola, soube ter posse, conseguindo provocar desestabilizar o campeão.
Depois da Luz, Dragão, Coimbra e Aveiro, a caminhada triunfal do Dragão em clássicos parou. Sérgio Conceição deixou escapar o feito de ser o primeiro treinador a vencer por cinco vezes consecutivas o rival. Mas não será caso para ter pistolas e fisgas apontadas por não vencer esta jogo, como afirmou na antevisão.
Destaque: Julian Weigl. Exibição de luxo do alemão, muito concentrado, competente, fundamental no processo de construção da equipa encarnada.
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Os últimos jogos já tinham deixado a ideia de crescimento do jogador. O Clássico confirmou que entendeu o que pretende Jorge Jesus.
O Benfica rematou mais do que o FC Porto (11-8), embora, ambas acertaram por 4 vezes no alvo para 3 defesas de Marchesín e Vlachodimos.
Os encarnados tiveram 63% posse de bola e fizeram mais faltas (26-17). Nos últimos 5 clássicos no Dragão houve 3 empates e uma vitória para cada lado. Este foi o clássico com menos golos dos últimos três no Dragão: 2020/21 (1-1), 2019/20 (3-2) e 2018/19 (1-2).
Líder em quebra
Sporting CP 1 (Pedro Gonçalves 42′) – Rio Ave FC 1 (Gelson Dala 61′)
Domínio total do líder na primeira parte, tendo paciência reforçada para derrubar o futebol defensivo do Rio Ave, que se apresentou na expetativa, incapaz de causar qualquer jogada de perigo para os leões, apostado tudo na coesão defensiva.
Mas tudo mudou na segunda metade, sendo capaz de mostrar agressividade e pressão. Outra atitude, um desempenho premiado com o empate. Foi um Sporting surpreendido com outro Rio Ave no jogo, agora incapaz de contrariar o rumo dos acontecimentos.
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Foi pouco Sporting na segunda parte, desapareceu do jogo, encontrando um adversário que se comprometeu a ser feliz. Foi acutilante, provocando os leões, que perderem todo o encanto da primeira parte, onde podiam ter resolvido o jogo, não aproveitando o que foi bem feito. Faltou mais rigor aos leão, outra dinâmica, fluidez e eficácia.
O Sporting perde pontos em casa na Liga pela 2.ª vez, depois de ter empatado, na 4.ª jornada, frente ao FC Porto. Pela 1.ª vez esta época, o Sporting não ganha em jogos consecutivos, voltando a perder pontos na Liga, depois de 4 vitórias seguidas.
O Rio Ave voltou a marcar fora de casa no campeonato: não tinha marcado nos 4 últimos jogos como visitante na competição.
Destaque: Carlos Mané. Bem a defender e a atacar, vive um bom momento. Feliz nos duelos e sempre muito ativo. Foi dele a boa movimentação e assistência para o golo de Dala. Revelou conhecer bem os cantos à antiga casa.
Paciência e arte
FC Paços de Ferreira 2 (Bruno Costa 57’e Hélder Ferreira 76′) – SC Braga 0
O SC Braga tudo fez para não perder na Capital do Móvel, sendo importante sublinhar o mérito dos castores, uma das melhores equipas da Liga. Foram capazes de saber sofrer e depois aproveitar para construir a vitória. Paciência, inteligência e arte combinaram no triunfo da formação treinada por Pepa.
Uma equipa bem trabalhada, com talentos e solidária.
O jogo foi mais conseguido na primeira parte para os guerreiros, incapaz de dar sequência na segunda metade, onde apareceram os pacenses mais afoitos e perigosos.
O Sporting de Braga perdeu (4º desaire da temporada), e desperdiçou uma grande oportunidade para diminuir distâncias para o pódio.
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A equipa mantém o quarto lugar… mas agora com os pacenses mais perto, só a dois pontos. Cuidado com este Paços de Ferreira.
Destaque: Bruno Costa. Marcou o primeiro golo e esteve sempre muito em jogo. Bem a dar coesão defensiva, igualmente com bom registo nas movimentações atacantes. Um dos jogadores com mais valorização na formação pacense.
Números da Semana
4 – Bruno Fernandes foi eleito jogador do mês de dezembro da Premier League e fez história. O jogador português do Manchester United é o primeiro a vencer a distinção por quatro vezes num ano. O internacional portuguesa foi eleito jogador do mês em fevereiro, junho, novembro e dezembro de 2020.
1 – Gonçalo Teixeira, jogador do Esperança de Lagos, viu o primeiro cartão branco de sempre mostrado num jogo do Campeonato de Portugal. O lance que esteve na origem do sucedido aconteceu nos primeiros minutos de jogo, quando um jogador do Olhanense, Joshua Silva, pegou na bola, após ter visto uma segunda bola dentro do terreno de jogo. Mas o jogo não estava interrompido pelo árbitro Paulo Barradas, que acabou por assinalar falta a favor do Esperança de Lagos, por mão na bola do jogador dos visitantes.
Gonçalo Teixeira encarregou-se da marcação do livre e rematou propositadamente ao lado da baliza, vendo por isso gesto o cartão branco pela ação de fair-play.
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1 – Lionel Messi foi expulso pela primeira vez na carreira. O internacional argentino agrediu Villalibre no final do prolongamento que ditou o triunfo do Athletic sobre o Barcelona na Supertaça espanhola.
12 – André Silva, jogador do Eintracht Frankfurt continua a mostrar que está num grande momento de forma, agora com um golo que abriu o marcador com o Schalke, na última jornada da Bundesliga, onde soma 12 golos em 15 jogos. E mais um na Taça da Alemanha.
2 – Mesut Özil é reforço do Fenerbahce. O internacional alemão, que jogou no Arsenal nas últimas oito temporadas, vai receber dois milhões líquidos até ao final da temporada em curso… e ainda mais 25 mil euros por cada jogo realizado, 500 mil euros se o Fenerbahce for campeão e 250 mil euros se a equipa garantir o apuramento para a Liga dos Campeões.
35 – Marcelo, lateral esquerdo do Real Madrid, comprou uma cama especial de 35 mil euros para recuperar melhor durante as horas de sono, melhorando os processos oxidativos do seu organismo e reduzindo o risco de lesões.
800 – O tenista Rafael Nadal cumpre a 800.ª semana consecutiva no top 10 mundial, segundo o ranking ATP, sendo o tenista da história que mais tempo passou entre os melhores do mundo. Atualmente na segunda posição da hierarquia, não saiu do ‘top 10’ mundial desde que nele entrou em 25 de abril de 2005, com 18 anos, pouco antes de conquistar o primeiro dos seus 13 títulos em Roland Garros.
Frases da Semana
“O FC Porto tem uma forma de jogar e o Corona também tem uma forma de posicionamento… E depois de ter visto o primeiro jogo, apercebi-me de determinados movimentos do FC Porto que tentei corrigir hoje, fizemo-lo com uma sabedoria tática muito grande, não apareceu Coronas, não apareceu Maregas, apareceu a equipa do Benfica a jogar. Qualquer pessoa que viu o jogo percebe que o Benfica perdeu dois pontos aqui.” Jorge Jesus, treinador do SL Benfica.
“Podemos papaguear como quisermos, posso dizer o que eu quiser para tentar passar ao povo uma ou outra situação. Foi um jogo difícil para o FC Porto, para o Benfica e para a arbitragem. Não foi um jogo nada espetacular, as equipas queriam impor o seu jogo, condicionar o adversário, isso tirou alguma espetacularidade, mas isso é normal nestes clássicos. É um resultado que, para o adversário, até pelo que ouvi, os deixa satisfeitos, e acham que fizeram um jogo espetacular. Mas a mim não me deixou satisfeito, foram dois pontos perdidos por nós.” Sérgio Conceição, treinador do FC Porto.
“Melhor central português? Rúben Dias. Tornou-se um central top, ele sabe isso, já lhe disse e ele sabe o que penso dele. Atualmente não há melhor do que ele. A realidade é essa e ele está a mostrar isso a cada dia”. Pepe, jogador do FC Porto.
Clive Brunskill / EPA POOL
“Não merecemos perder este jogo. Fizemos um jogo completo. Parabéns, evidentemente, ao PSG, mas fomos melhores em campo. No aspeto físico, tático, com um bom estado de espírito entre os jogadores. A maior honra que o PSG nos pode dar é esta festa que fazem, como se tivessem ganho a Liga dos Campeões.” André Villas-Boas, treinador do Marselha, inconformado com a derrota na Supertaça de França.
“Transmitia aos jogadores que era o melhor treinador do mundo, que tinha inventado o futebol. Diziam que era arrogante, pode ser. Quem estava lá, pensava: Não é que ele é bom mesmo?” Filipe Luís, jogador do Flamengo, sobre Jorge Jesus.
“Com Jürgen Klopp, a intensidade nos treinos é muito, muito alta. Eu estava desesperado para deixar a minha marca e Jürgen quis desafiar-me. Então, logo nos primeiros meses decidimos fazer uma aposta. Se eu marcasse 10 golos durante os treinos, ele dava-me 50 euros. Se eu não conseguisse, eu teria de pagar-lhe. Nas primeiras semanas, eu tive de pagar-lhe quase todos os dias. E ele só se ria. Mas depois de alguns meses, o jogo virou e era eu quem estava a ganhar dinheiro com a aposta. Então ele um dia virou-se para mim e disse: ‘Pronto! Ok! Já chega. Acho que já estás pronto.” Robert Lewandowski, jogador do Bayern de Munique.
Andrej Cukic / EPA
“A pior coisa que há no futebol é jogar contra uma equipa com atletas de classe mundial que estão sempre à defesa, dentro da área e só contra-atacam.” Jurgen Klopp, treinador do Liverpool, após o empate (0-0), frente ao Manchester United, em Anfield Road.
