Portugal está submisso ao Euro? João Oliveira fala em “libertação necessária”

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Carlos Barroso / Lusa

O líder parlamentar do Partido Comunista Português (PCP), João Oliveira.

O cabeça de lista da CDU às eleições europeias, João Oliveira, defendeu, este domingo, que Portugal “tem que se preparar para se libertar da submissão ao Euro”, uma vez que esta moeda “não serve o país”.

João Oliveira, do Partido Comunista Português (PCP), diz que Portugal precisa de se libertar da submissão ao Euro.

“Nas últimas semanas voltamos a ouvir o desenterrar dos fantasmas relativamente às posições do PCP, da CDU, relativamente ao papel de Portugal no mundo e na Europa. Vieram com os papões novamente de que o PCP e a CDU defendem a saída da União Europeia e defendem a saída de Portugal do Euro”, afirmou João Oliveira no discurso no final do almoço comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril no Seixal, distrito de Setúbal.

Em relação à saída da União Europeia, de acordo com o comunista, a questão “fica arrumada com facilidade porque ela é uma falsidade absoluta” já que “não está colocada nenhuma proposta para que Portugal saia da União Europeia”.

Já quanto ao Euro, João Oliveira admitiu que esta é uma discussão que deve ser feita “até ao fim”, considerando que Portugal “precisa de estar preparado para se libertar da submissão ao Euro”.

“E entendemos que Portugal deve estar preparado para isso não apenas por decisão própria, mas porque outros podem querer empurrar-nos para fora do Euro ou porque o Euro pode acabar”, disse, recordando que no passado houve um “ministro da Finanças alemão que entendia que Portugal devia sair do Euro”.

Euro já “não serve o país”

Segundo o comunista, “se o país não estiver preparado para isso pode ser verdadeiramente uma catástrofe”, apontando a estagnação dos salários e do crescimento económico ou o endividamento e a perda de capacidade produtiva como “razões que têm que ver o Euro e com as regras que são impostas”.

“Se o Euro não serve o país, o país tem que se preparar para se libertar da submissão ao Euro. Não é um ato súbito, é um processo que demora tempo, mas é um processo que temos que começar a fazer”, defendeu.

João Oliveira tinha referido no início do seu discurso que uma das diferenças que vale a pena sublinhar em relação a outros partidos é que, “enquanto outros calam os problemas que o país tem”, a CDU não o faz.

“Não calamos a origem dos problemas e continuaremos a denunciar a política de direita e as imposições da UE e do Euro como parte importante dos problemas que temos para resolver no país”, disse.

Àqueles que “se recusarem a aceitar essa estreita ligação” entre os problemas nacionais e as imposições europeias, João Oliveira dá como exemplo a ‘troika’, pandemia, aumento das taxas de juro.

Sobre as eleições europeias de 9 de junho, o candidato da CDU considerou que está ao alcance da coligação “um grande resultado eleitoral”.

“A todos os que falte esperança, ânimo, energia, determinação, ponham os olhos nas comemorações dos 103 anos de vida do PCP e nos 50 anos do 25 de abril”, pediu.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Querem transformar Portugal numa Coreia do Norte…. Ainda quero saber qual dos países comunistas tem ordenados a cima dos nossos….

  2. Perguntem a este senhor se souber responder, quanto é que o PCP recebeu até hoje em dinheiro proveniente da Rússia, se receberam, ao que ficaram obrigados.
    O povo português anda a dormir e o mau estar é só no quintal do vizinho.

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