“Invadindo” um setor tradicionalmente masculino, há cada vez mais mulheres a trabalhar e a salvar oficinas. Os imigrantes também têm sido importantes para colmatar a falta de mão de obra.
O setor da reparação automóvel está preocupado com a escassez de mão de obra.
Segundo o Inquérito de Conjuntura Reparação Automóvel, citado pelo Correio da Manhã (CM), 74% das empresas têm falta de pessoal especializado.
Se não fossem as mulheres e os imigrantes, muitas oficinas já poderiam ter encerrado.
É o que revela, em declarações ao CM, Roberto Gaspar, secretário-geral da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA).
O dirigente calcula que faltem, neste momento, em Portugal entre seis a sete mil mecânicos. E, num setor, tradicionalmente, associado à mão de obra masculina começam a ver-se cada vez mais mulheres, nota Roberto Gaspar.
“Passaram a ver-se mulheres, por exemplo, na pintura automóvel“, salientou.
Outra forma de colmatar a mão de obra têm sido os estrangeiros – e alguns são contratados de propósito por empresas internacionais de recrutamento.
O dirigente da ANECRA dá como exemplo o recrutamento recente de profissionais colombianos. No entanto, para já, este tipo de estratégia de recrutamento está apenas acessível para grandes grupos do setor.
Há escassez de mecânicos; e o preço-hora da reparação automóvel subiu, no ano passado, 2,49€ para 34,05€, em média, segundo o inquérito, citado acima.
