Consumidores estão mais confiantes – mas clima económico recuou

Indicador de confiança dos consumidores continuou a aumentar em abril e atingiu o valor mais elevado em mais de dois anos.

O indicador de confiança dos consumidores continuou a aumentar em abril e atingiu o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, enquanto o indicador de clima económico inverteu a subida no mês anterior, divulgou hoje o INE.

Segundo os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e abril, “registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022 e situando-se acima da média histórica da série”.

O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou em abril, depois de dois meses de recuo, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu “de forma ténue” no mês em análise, depois de um aumento expressivo em janeiro.

Já o indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, diminuiu em abril, “contrariando o aumento registado no mês anterior”.

No mês em análise, os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora e nos serviços e aumentaram no comércio e na construção e obras públicas.

Queda nas importações e exportações

As exportações e as importações diminuíram 4,2% e 6,0%, em termos nominais no 1.º trimestre face ao mesmo período de 2023, segundo a estimativa rápida do Comércio Internacional de bens do INE.

O INE sublinha que o decréscimo nas transações de bens ocorre pelo quarto trimestre consecutivo, acentuando-se face ao trimestre anterior, em que se registaram variações homólogas de -1,8% nas exportações e -5,3% nas importações.

Avaliação das casas sobe

O valor mediano de avaliação bancária na habitação aumentou 6,5% em março, face ao mesmo mês 2023, para 1.580 euros por metro quadrado (m2), informou o INE.

Em termos nominais, o aumento homólogo foi de 97 euros. Já comparando março com fevereiro (variação em cadeia), o aumento é de 1,3% (20 euros em termos nominais).

O valor mediano da avaliação bancária na habitação sobe há cinco meses consecutivos (desde novembro). As variações registadas em março ficam acima das de fevereiro (então o aumento homólogo foi de 5,5% e em cadeia de 0,6%).

O número de avaliações bancárias em março foi de 30.523 (19.499 apartamentos e 11.024 moradias), mais 40,9% em termos homólogos e 7,8% face a fevereiro.

Turismo cresce

O setor do alojamento turístico registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,7 milhões de dormidas em março de 2024, correspondendo a variações de +12,2% e +12,8%, respetivamente (+7,1% e +6,4% em fevereiro de 2024, pela mesma ordem).

As dormidas de residentes cresceram 10,3%, correspondendo a 1,6 milhões, enquanto as de não residentes aumentaram 13,8%, totalizando 4,1 milhões.

A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou em março, para 42,2% e 51,7%, nas taxas líquidas de ocupação cama e ocupação quarto, respetivamente (+2,9 p.p. e +1,5, p.p. respetivamente).

No 1º trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 7,1%, +3,9% nos residentes e +8,7% nos não residentes.

Estes resultados foram influenciados pelas férias da Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto no ano anterior se concentrou apenas em abril.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.