Esta segunda-feira, a Linha SNS24 atingiu um máximo histórico. Perante a afluência de chamadas, os enfermeiros não conseguiram dar resposta.
Logo após a confirmação dos dois primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, na segunda-feira, a Linha SNS24 atingiu um máximo histórico. No entanto, perante a afluência de chamadas, os enfermeiros não conseguiram dar resposta suficiente, ficando um quarto das chamadas por atender em tempo útil.
Segundo dados do Portal da Transparência do SNS, consultados pelo jornal Público, nessa segunda-feira, dia 2 de março, a Linha SNS24 recebeu 13.532 chamadas, sendo que 3.569 pessoas desistiram de esperar pelo atendimento, tendo abandonado a chamada após 15 segundos.
Mas a situação é ainda mais preocupante na linha que tem como objetivo orientar os médicos de todo o país para validar eventuais casos suspeitos – a chamada Linha de Apoio ao Médico (LAM), criada há semanas.
De acordo com o diário, há relatos de médicos que esperaram várias horas para serem atendidos, sem sucesso. Há ainda casos de profissionais de saúde que insistiram dezenas de vezes, sem resposta, e de doentes que se cansam e se vão embora.
Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), contou ao Público que tem vários emails de colegas “desesperados com o silêncio da linha“.
“É de lamentar que a Direção-Geral da Saúde (DGS) tenha como primeira linha de vigilância epidemiológica um call center”, criticou o responsável Roque da Cunha, insistindo que deveriam ser médicos de saúde pública a “estar na frente desta batalha em vez de estarem imersos em burocracia”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu o problema, e esta quarta-feira, no Parlamento, anunciou que esta linha de apoio aos médicos “vai ser reforçada”, sendo que já estão a “trabalhar com médicos que se voluntariaram para receber a formação necessária” para desempenhar esta tarefa.
Temido defendeu ainda que os médicos que estão nesta linha não podem desempenhar outras atividades.
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe
Eu, apesar de nunca ter utilizado este serviço, até o considero útil, apenas com a agravante de utilizar um número telefónico começado por 808, que, supostamente, serviria para que os utentes pagassem menos e todos o mesmo valor tendo o custo de uma chamada local e, na prática, seja uma chamada paga para todos, parece um negócio, não sei de quem. Se houvesse uma linha começada por 2 a chamada seria gratuita para a grande maioria dos portugueses, que têm contratos de telecomunicações com as chamadas incluídas, com excepção das 808 e de valor acrescentado. Assim todos são obrigados a pagar, quem sabe a que custos quando o tempo de atendimento se prolonga. Será que não é devido aos custos que os utentes desistem quando o atendimento demora? Não fica bem ao estado fazer negócio com os serviços que presta, estes já estão pagos com os nossos impostos.
Aí é que está o atraso do atendimento, até parece aquele passatempo #não desista # uma mamadeira que arrecadou mais de 600.000, 00€.
Agora, alguém diga quanto arrecadou a linha 24 até agora e para onde está a ir esse dinheiro.