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A pintura mais cara do mundo desaparecida pode voltar a aparecer no Louvre

Justin Lane / EPA

“Salvator Mundi”, atribuído a Leonardo da Vinci, foi vendido no leilão Christie’s em novembro de 2017.

A pintura mais cara do mundo, atribuída a Leonardo da Vinci, pode voltar a aparecer na nova exposição do Museu do Louvre, em Paris, esta quinta-feira.

De acordo com a France24, o Louvre de Paris, em França, pediu ao Louvre de Abu Dhabi que emprestasse ao museu a pintura para uma próxima exposição da Vinci, mas esse pedido ainda está pendente.

A obra, na qual Jesus Cristo é retratado a emergir das trevas, abençoando o mundo com uma mão enquanto segura um globo transparente na outra, não é vista em público desde a sua venda um leilão de 2017.

Chegou a ser anunciado como a primeira obra de Leonardo da Vinci descoberta desde 1909, mas a autoria do quadro está ainda por confirmar. Há suspeitas de que possa ter sido pintada por um pupilo de Da Vinci, Giovanni Antonio Boltraffio.

Apesar das dúvidas, em 2017, a pintura foi vendida por um valor recorde de 400 milhões de euros. Depois de esta ter sido comprada por Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, parente afastado da família real da Arábia Saudita, foi anunciado que a pintura de Cristo seria a estrela do novo Louvre de Abu Dhabi, que abriu portas em novembro desse ano.

Apesar de se acreditar que Leonardo da Vinci esteve envolvido na produção do quadro, vários especialistas continuam a questionar e a pôr em causa a sua autoria, que chegou a ser atribuída a Bernardo Luini, que fazia parte do círculo do pintor florentino. Esta teoria voltou a ser defendida muito recentemente pelo historiador de arte Matthew Landrus.

A exposição em Paris, que decorre até 24 de fevereiro, comemora os 500 anos do seu alegado autor, Leonardo da Vinci. Porém, em maio, foi noticiado que “Salvator Mundi” poderia fazer parte da exposição, uma vez que desapareceu subitamente. Uma teoria apresentada recentemente diz que o quadro poderá estar guardado no iate do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

A questão de saber se Salvator Mundi entra na exposição pode ter uma importância geopolítica mais ampla. Segundo Kenny Schachter, importante negociante e crítico de arte, o trabalho pode não encontrar um lar permanente até que a Arábia Saudita consiga transformar a sua região norte da Al-‘Ula num destino turístico.

ZAP //

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