Em janeiro, o ministro da Defesa prometeu entregar no Parlamento um dossier sobre Tancos. No entanto, o dossier ainda se “encontra-se em preparação”, de acordo com um assessor do ministro.
Até hoje, o Parlamento ainda nada sabe sobre as medidas que foram tomadas a seguir ao roubo de material militar em Tancos.
Em janeiro, Azeredo Lopes, ministro da Defesa, comprometeu-se a entregar lá um dossier documental com todas as medidas estruturais tomadas com o fim de apurar o que aconteceu em Tancos.
O prazo acabou há sete dias e o dossier ainda não chegou ao Parlamento, porque “encontra-se ainda em fase de preparação“, esclareceu ao Público o assessor do ministro.
De acordo com revelações do gabinete da Defesa, o documento teria informação que seria depois tornada pública e outra, “mais sensível”, que seria classificada. No entanto, o documento não deve ser visto como “uma declaração formal do encerramento do caso”.
No início de fevereiro, o ministro dizia em entrevista que, da parte do seu ministério, a única coisa que faltava era a entrega do referido dossier.
“Falta aquilo a que me comprometi: um dossier em que, de forma sistemática, se descreva o que já se sabe quanto ao que aconteceu. Repito, sem nunca interferir na investigação criminal quanto à autoria, cumplicidade e comparticipação, sabendo que esse elemento é absolutamente decisivo para conseguir compreender o que aconteceu”, dizia na altura.
Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa desafiou as Forças Armadas a irem “mais longe e a fundo” na investigação relativa ao assalto a Tancos, durante a cerimónia de tomada de posse do novo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Almirante António Maria Mendes Calado.
Sem se referir diretamente ao furto de armas em Tancos, em junho de 2017, o Presidente da República falou em “casos que conhecemos bem” para frisar que o “apuramento pelas estruturas internas” permitiu “identificar omissões, insuficiências, erros estruturais antigos, propor e decidir mudanças imediatas de procedimento, detetar falhas individualizadas, concretas e punidas”.
O assalto a Tancos aconteceu em junho do ano passado e foram roubadas 120 granadas ofensivas e 1500 munições de calibre 9 mm – apenas autorizado a forças de segurança e militares -, 20 granadas de gás lacrimogéneo, 44 lança-granadas e quatro engenhos explosivos “prontos a detonar” das instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos.
Em outubro, o armamento foi recuperado na Chamusca. Junto ao material estava uma caixa de petardos que não tinha sido dada como desaparecida.
O melhor é varrer todo este triste episódio de Tancos para debaixo do tapete.
Esta novela foi ridícula, apalermou este ministro e o primeiro-ministro e revelou que com este governo estamos…desgovernados.
No limite não vai entregar dossier nenhum!!!
Como no passado, no presente e no futuro, quem manda é quem tem as armas.
O resto é apenas e só o resto-