A PJ terá encontrado várias cartas escritas por Pedro Dias durante a fuga, dirigidas à família, nas quais o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira assume a autoria dos homicídios.
Nas cartas, Pedro Dias pede ainda desculpa aos pais e à atual companheira, lamentando ainda a deceção que lhes causou.
A notícia é divulgada pelo Jornal i, que adianta que também foram encontradas folhas com a assinatura do suspeito, provavelmente para precaver algumas transferências de bens.
O material foi encaminhado para o Laboratório de Polícia Científica, para que seja feita a análise à caligrafia e comparar os manuscritos com a escrita de Pedro Dias.
Matou militar para encobrir crimes do passado
Segundo a PJ, Pedro Dias terá disparado contra o GNR que acabou por morrer para esconder um furto a um armazém para ração de gado, cometido em 2010, em Leiria.
Durante o roubo, uma testemunha chamou a GNR e deu uma descrição física do alegado assaltante. Quando as autoridades chegaram ao local, o homem disparou oito tiros e, posteriormente, os invólucros das balas foram recolhidos e armazenados.
No entanto, o processo foi arquivado por falta de provas e o suspeito não chegou a ser localizado ou detido.
Agora, a polícia concluiu que os invólucros recolhidos na altura serão iguais aos encontrados em outubro, em Aguiar da Beira.
De acordo com as autoridades, Pedro Dias terá iniciado o tiroteio que levou à morte do militar Carlos Caetano porque estava a tentar encobrir a arma usada no assalto realizado em 2010.
O “piloto” entregou-se à polícia a 8 de Novembro, depois de ter passado um mês em fuga por ser suspeito de dois homicídios e de ter deixado uma mulher e outro guarda a lutar pela vida, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda.
Neste momento, Pedro Dias está em prisão preventiva na cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa.
Tiroteio em Aguiar da Beira
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21 Fevereiro, 2020 Após 2 anos preso, Pedro Dias assume três homicídios e diz-se arrependido
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20 Agosto, 2019 Pedro Dias transferido de Monsanto para Coimbra
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11 Fevereiro, 2019 Tribunal absolve Pedro Dias de furto qualificado numa herdade do Alentejo
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30 Novembro, 2018 Falha do MP. Estado obrigado a pagar danos causados por Pedro Dias à GNR
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17 Outubro, 2018 Relação confirma pena de prisão máxima para Pedro Dias
É “Laboratório de Polícia Científica” e não “Laboratório de Polícia Criminal”
Caro Anonimo,
Está corrigido, obrigado pelo seu reparo.
25 anos de cadeia se os chegar a cumprir pela morte de 2 homens e uma mulher que luta pela vida se é que não morreu já é caso para dizer que em Portugal o crime compensa.
Em Portugal o crime compensa…..matar uma pessoa com todas as agravantes que possam existir ou matar 100 a pena é sempre a mesma…no máximo 25 anos de cadeia! Que depois com bom comportamento e outras nuances…se fica pelos 12 ou pouco mais!!! A mãe da Joana que matou a filha com o comparsa do tio aqui perto da minha casa….já leva 8 anos de prisão e a lei prevê que a assassina possa sair antes do tempo de pena a que foi condenada! Que por sinal o advogado dela…pago por todos nós…já está a tratar do tema! Qualquer dia está cá fora….e o tempo passa rápido! E a memória das pessoas é curta!