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Sócrates estará a ser investigado por mais um crime

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Arquivo ITU

O ex-Primeiro-ministro José Sócrates

O ex-Primeiro-ministro José Sócrates

Além da corrupção passiva, da fraude fiscal e do branqueamento de capitais, José Sócrates estará também a ser investigado por tráfico de influências, no âmbito da Operação Marquês.

Um dado avançado pelo Diário de Notícias que sustenta que este novo crime é mencionado nos mandados de busca, emitidos em Janeiro passado, a empresas ligadas a Carlos Santos Silva, o empresário amigo do ex-primeiro-ministro, e à Octopharma de Paulo Lalanda de Castro, ambos arguidos no processo.

O jornal refere que em causa estará, em particular, um contrato de 2004 assinado entre a XMI, que tem ligações a Santos Silva, e a ILS UK de Lalanda de Castro.

Nesse mesmo ano, terá ocorrido a “resolução do contrato entre Sócrates e a Dynamicspharma, que permitia ao ex-primeiro ministro receber mais 12.500 euros mês, além da verba de igual valor que recebia da Octopharma”, de acordo com o referido diário.

O Ministério Público “suspeita” de que estes contratos “seriam meros justificativos formais para a realização de pagamentos para a esfera do arguido José Sócrates em contrapartida por actos prestados a favor do Grupo Lena“, escreve o DN.

A investigação acredita que o ex-governante terá exercido a sua influência, nomeadamente, na Argélia.

Da parte da defesa de Sócrates, o advogado Pedro Delille refere ao DN que o crime de tráfico de influências “surgiu no início e depois saltou” do processo, tendo alegadamente, sido recuperado no início deste ano.

“Neste processo só há corrupção para o exterior”, nota também o advogado.

Entretanto, o jornal apurou que Hélder Bataglia vai ser constituído arguido no âmbito das suspeitas em torno do empreendimento turístico do Vale do Lobo, no Algarve.

O empresário tem nacionalidade angolana e, por isso, o MP já enviou a necessária Carta Rogatória para Angola para dar azo à constituição do 13.º arguido do processo.

Chegou a noticiar-se que Bataglia estaria disposto a comprometer Sócrates, desde que tivesse a garantia de que não seria preso. E é certo que terá havido uma negociação com entre os seus advogados e o MP, mas não se sabe em que moldes terão chegado a um entendimento.

ZAP

6 Comments

  1. Já para dentro com ele antes que fuja.
    Ainda hoje foi noticiado que Portugal foi condenado a pagar mil e oitocentos milhões de Euros a um banco por causa de SWAPS do tempo em que este pulha era primeiro ministro. Continua a roubar-nos todos os dias.

  2. Engraçado que quando há indícios de corrupção do anterior governo PSD/CDS lá vem o Sócrates à baila … submarinos, tanques, helicópteros, herdades e swaps que vão custar ao erário publico muitos mil milhões de euros é que não merece investigação alguma .. alias quando foi os vistos gold, o povo esqueceu-se logo porque se focou no socrates … já enjoa… gostava de ver as provas …

  3. Espantoso, não há dias que não saiam notícias sobre este homem.
    Cada vez me convenço mais que lhe quiseram fazer a folha. Tenho a sensação que vão tentando até acertar em algo. Tantos inquéritos, tantas histórias e nada se prova. Talvez fosse mais util e mais económico para o erário publico irem atras daqueles que estão enterrados até ao pescoço e que se puseram a andar daqui para fora. Ningeum fala do BPN e do rombo que srs como Dias Loureiro e outros deram e puseram-se ao fresco, ou dos submarinos onde houve condenados na alemanha e cá não se passa nada ( absolutamente aberrante ), enfim, continuem que isto está bom!

  4. Não é bem uma questão de acreditar ou não, é mais uma questão de presunção de inocência a que todos temos direito. Para condenar é preciso julgar, analisar a matéria de prova e, caso se confirmem ilicitos, condenar, caso contrário voltaríamos ao oeste americano, com julgamentos sumário e enforcamentos em praça pública.
    Até agora, o que tenho visto e lido são especulações com fartura, alimentadas por alguns media, que foram queimando o homem em lume brando, sem que provas concretas permitissem concluir o que quer que fosse. É grave!
    Importa lembrar que, nos casos que referi, as pessoas em questão não se submeteram a justiça, uns foram para Africa, outros para o Brasil e outros, discretamente, saíram de cena, e isto é que me parece muito duvidoso, pois enquanto este estava fora e veio para cá, os outros fizeram exactamente o contrário.

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