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Panama Papers levam à demissão de CEO de banco austríaco

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Hypo-Landesbank Vorarlberg

Michael Grahammer, ex-CEO do banco austríaco Hypo-Landesbank Vorarlberg

O escândalo Panama Papers já fez uma segunda vítima: Michael Grahammer, diretor-executivo do banco regional austríaco Hypo Landesbank Vorarlberg.

De acordo com a Reuters, Michael Grahammer, que era CEO do banco austríaco desde 2012, é um dos primeiros dirigentes de topo do setor bancário mundial a resignar ao cargo por ligações à sociedade de advogados panamiana Mossack Fonseca.

Esta quarta-feira, a emissora estatal austríaca ORF, parceira do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), avançou que o pequeno banco público surge citado em documentos da Mossack Fonseca ligado a empresas offshore através de depositários com sede no Liechtenstein.

O presidente do conselho de administração do Hypo Landesbank Vorarlberg apresentou demissão esta quinta-feira, depois de a autoridade financeira da Áustria, FMA, ter aberto um processo de investigação a este e outro banco austríaco, o Raiffeisen Bank International para saber se tomaram todos os passos exigidos para prevenir manobras de branqueamento de capitais.

Grahammer explicou que a sua decisão resultou de uma série de acontecimentos no último ano. “No final, o pré-julgamento dos media sobre o Hypo Vorarlberg e sobre mim próprio nos últimos dias foi decisivo para este meu passo”, assumiu.

Os dados divulgados pela fuga de informação do Panama Papers sugerem que o Hypo Vorarlberg terá permitido que o oligarca russo Guennadi Timchenko, próximo do Presidente russo Vladimir Putin, tivesse efetuado operações de branqueamento de capitais nas ilhas Virgens.

Em comunicado, Michael Grahammer, de 51 anos, que já era funcionário de topo no Hypo Vorarlberg desde 2004, assegurou estar “convencido a 100%” que o banco “nunca, em momento algum, infringiu a lei ou as sanções”.

A gigantesca investigação jornalística sobre paraísos fiscais, conhecida como Panama Papers, começou a ser publicada este domingo, e já provocou a demissão do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Davío Gunnlaugsson.

ZAP

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