A contaminação dos ficheiros não compromete a compreensão dos diálogos intercetados. Os responsáveis pela Operação Marquês garantiram que os vírus vieram dos arguidos.
Segundo o jornal i, fonte da Operação Marquês classifica a queixa da defesa de José Sócrates como uma manobra dilatória, uma vez que, garante a fonte, os vírus informáticos existentes em alguns dos ficheiros de interceções telefónicas realizadas no âmbito das investigações não afetam a qualidade das gravações.
Os responsáveis da investigação explicaram que o vírus acompanha os ficheiros desde a origem, já que as interceções dos telemóveis de última geração captam não só as conversações de voz e trocas de mensagens mas também as ligações a sites na Internet, o que inclui eventuais vírus emitidos por esses sites.
Na sexta-feira, os advogados dos dois principais arguidos da Operação Marquês, José Sócrates e Ricardo Salgado, deram conta de um vírus informático que afeta as escutas do processo.
Quando os representantes legais de José Sócrates foram informados, o mês passado, de que podiam recolher os discos que tinham entregue para que neles fossem gravadas todas as escutas telefónicas, foram avisados por uma escrivã do DCIAP de que o acesso ao conteúdo dos discos devia ser feito com anti-vírus, uma vez que alguns ficheiros podiam estar infetados.
Perante este aviso, o advogado do ex-primeiro-ministro explica que se limitou a enviar os discos recolhidos no DCIAP a um perito informático. “Até um disco dele rebentou“, diz Pedro Delille. O especialista informático terá encontrado cerca de 50 programas maliciosos, “entre trojans e outras coisas do género”.
Além disso, assegura ainda Pedro Delille, “as escutas estão imprestáveis. É impossível identificar quem está a falar, não porque as vozes não sejam audíveis mas porque não está identificado em lado nenhum a quem pertencem“.
Contactada pela Renascença, a Procuradora-Geral da República confirma a existência dos vírus informáticos e explica que as próprias mensagens já estavam contaminadas no momento da intercepção.
A PGR esclarece que “ao tomar conta da situação”, optou por mantê-la “para não alterar de forma alguma a versão originária dos ficheiros de prova”, e alertou os arguidos para a mesma.
Já este sábado, o Ministério Público, citado pela agência Lusa, esclareceu que as escutas da Operação Marquês foram contaminadas “no momento da interceção”, e não no procedimento de cópia dos ficheiros ou no processo de análise durante a investigação.
“Até um disco dele rebentou“ – afirmações como estas são ridiculas para quem perceber o que é um computador.
pensei precisamente no mesmo 🙂
Eles quando disseram que o disco tinha rebentado, queriam dizer que o disco tinha sido comido pelos vírus. Só que se enganaram. Isto é tudo uma quadrilha de FDP!!
É verdade… arranja-se qualquer pretexto para se levar a água ao seu moinho…
A justiça em Portugal está podre e o fedor é tanto que até os advogados seriam os primeiros a ser presos… Os juízes então nem se fala, andam por aí alguns que não sabem português nem fazer contas… uma vergonha para o país…
Dos arguidos, ou dos advogados dos mesmos!
Portugal no seu “melhor”, vale tudo e mais alguma coisa para ver se pega…
Como profissional IT ofereço os meus préstimos para retirar eventuais vírus de ficheiros de áudio. Gratuitamente.
Olha lá Pedro Freire, se não te pões a pau e se eles entenderem que essa tua iniciativa é exequível, ainda podes desaparecer do mapa… à pois, eles não olham a meios para tingirem os fins.
Todas as cautelas são poucas.
A Tua ideia é meritória, para a justiça e para o povo em geral, mas não para Sócrates e sua defesa…
Não digas que não te avisaram!
Quando dizem que o disco rebentou, porque não dizem que ele foi destruído pelos vírus? Sim, essa foi a verdade. Eu soube não sei se foi por sonho que tive, ou se me disse um pajarito.
Tem lógia. Como o pintainho monteiro não pôde destruir o disco, destruíram-no os vírus. Onde é que está a dúvida???
Se as escutas têm vírus é porque não foram obtidas a partir de ondas sonoras, mas sim a partir de sinais electrónicos representativos dessas ondas sonoras. Por esse motivo, neste contexto, escutas deveriam ser sempre grafadas com aspas.
Que banhada, afinal instalaram loggers nos telemóveis dos senhores, é a única forma de aparecerem ficheiros maliciosos misturados, com origem nos arguidos.
Ora, sendo assim as escutas não foram realizadas pelas operadoras mas sim por hackers da Judite.
Esta história está cada vez melhor, essa cambada de incompetentes na justiça manipulou todo o processo, exista crime ou não. Vai tudo pelo cano, um processo comprometido desde o primeiro dia.
Que se tenham cuidado, porque os vírus são capazes de comer os computadores.