/

Vacinação em Portugal poderá começar no dia 27. Profissionais de saúde são os primeiros a receber a vacina

5

António Pedro Santos / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido

A ministra da Saúde anunciou, esta quinta-feira, que a vacinação contra a covid-19 pode começar no dia 27 de dezembro em Portugal e noutros países europeus, com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.

Em conferência de imprensa após uma reunião com responsáveis do planeamento da vacinação, Marta Temido declarou que a Agência Europeia do Medicamento poderá emitir a 23 de dezembro a autorização condicional de introdução no mercado e que as primeiras doses de vacina poderão chegar a Portugal no dia 26.

Segundo o jornal Público, a ministra da Saúde adiantou que o país irá receber ainda este mês 9750 doses da vacina da Pfizer/BioNTech, com o plano de vacinação a ser iniciado entre os dias 27 e 29 de dezembro.

“Relativamente à questão das quantidades de vacinas, a nossa previsão de entrega colocava a primeira tranche em Janeiro. Temos a mais recente que se materializará ainda no mês de dezembro e, como hoje já está a ser comunicado pela Comissão Europeia, aquilo que os países estimam que possa acontecer é que o calendário de vacinação possa ser alinhado entre todos e começar no dia 27 de dezembro”, afirmou.

Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já tinha anunciado, através da sua conta no Twitter, que a vacinação contra a covid-19 irá começar a 27, 28 e 29 de dezembro em todos os Estados-membros da União Europeia.

O anúncio tinha já sido feito momentos pela Alemanha, mais concretamente pelo ministro da Saúde, Jens Spahn, que, depois da Conferência de Ministros de Saúde do país, anunciou que a vacinação contra o novo coronavírus iria iniciar-se no dia 27.

De acordo com o mesmo jornal, a governante portuguesa também adiantou que, em janeiro do próximo ano, devem ser administradas 312.975 doses, valor inferior ao inicialmente comunicado devido à redução de produção da fabricante (algo que já tinha sido anunciado, esta quarta-feira, pelo coordenador da task-force criada pelo Governo para gerir o plano de vacinação).

Temido explicou que as vacinas que chegam ainda este mês serão destinadas aos profissionais de saúde, “na medida em que são os que nos podem ajudar, na primeira linha, a proteger os restantes”.

“Estamos a ultimar o processo de seleção do grupo que vai ser vacinado com este primeiro lote. Esse grupo respeitará aquelas que são as prioridades clínicas que foram definidas tecnicamente e, face à dimensão deste lote, será focado na componente dos profissionais de saúde, na medida em que são os que nos podem ajudar, na primeira linha, a proteger os restantes”, declarou.

A governante acrescentou que, entretanto, a partir de 4 de janeiro, chegarão ao país mais doses, “cerca de 300 mil vacinas”. Temido quis ainda tranquilizar os restantes grupos prioritários, esclarecendo que não sofrem qualquer alteração.

“A definição de grupos prioritários mantém-se. O que fizemos foi a identificação de um subgrupo para este primeiro lote de vacinas que nos chegará ainda este ano. Em janeiro, iremos continuar a vacinar de acordo com a identificação previamente realizada”, garantiu.

Para além dos profissionais de saúde, estão entre os grupos prioritários as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas e residentes e trabalhadores em lares de idosos.

Questionada sobre o facto de o Exército não ser o responsável pelo transporte das vacinas, a ministra esclareceu que este processo será assegurado por empresas especialmente dedicadas ao setor, devido às “características técnicas próprias” que os materiais exigem.

Na mesma conferência de imprensa, a ministra mostrou-se confiante em todo o processo, apesar de este ser “exigente e novo” para todos.

“O que posso dizer é que os serviços desenvolvidos, quer do Ministério da Saúde quer de outras áreas sectoriais, nos permitem confiar em que será um processo que correrá bem e que contará com o envolvimento dos portugueses que podem ter confiança na sua vacinação”, destacou.

ZAP // Lusa

 

5 Comments

  1. …se as vacinas não forem todas desviadas para outro país, já que o conceito em que estamos é do maior rasquido da Europa.

    • Há sempre desvio de “bens”, em alturas importantes.
      E o pensamento dos papagaios comunistas é o seguinte:

      “Se não podes ter, não tens.
      Se tenho mais do que tu, apesar de não poder, tenho na mesma.
      Se podes ter, não terás, porque eu posso mais do que tu, mesmo não podendo.”

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.