Mark S. Zuckerberg

O advogado de falências norte-americano Mark S. Zuckerberg
Depois de anos a lidar com pessoas e empresas que o confundem com o fundador do Facebook, um advogado de falências de Indiana, nos EUA, decidiu que já chega, e processou a Meta.
O advogado de falências norte-americano Mark S. Zuckerberg afirma que a sua conta de Facebook é “constantemente pirateada”, que empresas recusam aceitar as suas marcações e que recebe pedidos constantes de dinheiro ou favores — todos dirigidos ao fundador bilionário da Meta.
Segundo a Sky News, entre 2022 e 2025, Zuckerberg investiu mais de 11.000 dólares (9.300 euros) a publicitar o seu escritório de advogados no Facebook, na tentativa de atrair novos clientes.
Os seus anúncios, no entanto, foram repetidamente removidos pela Meta por “fazer-se passar por uma celebridade” ou por utilizar um nome não autêntico, segundo documentos legais.
O advogado documentou as desvantagens e dificuldades por que tem passado por se chamar Mark S. Zuckerberg (e não o Mark E. Zuckerberg da Meta) no seu site iammarkzuckerberg.com, numa lista intitulada “Coisas que me aconteceram por me chamar Mark S. Zuckerberg“.
O advogado não perdeu totalmente o sentido de humor, que usa para se apresentar no site: “No estado de Indiana, dizer ‘eu sou o Mark Zuckerberg’ dá mais gargalhadas do que likes. Mas se precisa de ajuda fiável com a sua falência, está no lugar certo! Conheça o seu Mark local (não bilionário) e lembre-se: não é necessário fazer login“.
Segundo se lê na lista imensa de contrariedades publicada pelo infeliz advogado, há mais de 750 pessoas no famoso site de genealogia 23andMe que afirmam que são seus familiares e que “imediatamente pedem dinheiro”.
Zuckerberg chegou mesmo a ser processado por engano pelo Estado de Washington, que pensava tratar-se do proprietário da Meta. Foi a gota de água para um homem que convive com o facto de partilhar o nome de um dos homens mais poderosos do mundo há mais de uma década.
Durante um evento em Las Vegas, contou que um motorista de limousine estava à sua espera no fundo da escada rolante com um cartaz a dizer ‘Mark Zuckerberg‘, o que causou o caos na grande multidão desapontada que estava à espera do fundador do Facebook.
O advogado partilhou uma troca de emails entre si e funcionários da Meta, após a a sua conta no Facebook ter sido uma vez mais desativada, na qual pede: “Se por acaso se cruzarem com o Mark Zuckerberg mais novo e rico, digam-lhe que o cumprimento e que ele me causa grande aborrecimento todos os dias“.
O advogado de Indiana passou anos em contacto com o Facebook e verificou a sua identidade com documentos emitidos pelo governo, mas as suas contas continuaram a ser desativadas repetidas vezes.
Após cada inativação, os funcionários da Meta tinham de restabelecer as suas contas e marcar as páginas como “verificadas” para impedir que o problema se repetisse, de acordo com os emails partilhados pelo advogado.
Numa das mensagens, o advogado pede ajuda à Meta: “não quero causar problemas ou alvoroço, só quero que a minha conta no Facebook seja reativada e que me deixem usar as redes sociais em paz“.
Como se não bastasse, o advogado afirma ter perdido milhares de euros que investiu em publicidade no Facebook, e está a processar a empresa.
“É como comprar espaço num outdoor na beira da autoestrada, pagar pelo espaço e depois alguém vir meter um enorme lençol por cima, e não usufruimos do que pagámos”, diz. “Não tem piada. Não quando eles levam o meu dinheiro. Isto deixou-me realmente irritado.”
De facto, enerva um pouquinho.