As escutas telefónicas feitas a José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês, comprovam que o ex-primeiro-ministro fez lobby internacional em favor do amigo Carlos Santos Silva, do Grupo Lena e da Octapharma.
Esta é a tese defendida pelo Ministério Público, conforme aponta o Observador que teve acesso a documentos da acusação.
Entre as escutas telefónicas efectuadas a Sócrates constarão conversas indiciadoras de “lobbying internacional” por parte do ex-governante a favor de empresas de Carlos Santos Silva, do Grupo Lena e da Octapharma, conforme aponta o Observador.
Carlos Santos Silva, outro dos arguidos do processo, e o Grupo Lena teriam interesse em determinados concursos de obras públicas na cidade argelina de Oran. E o Ministério Público acredita que Sócrates intercedeu em favor deles junto das autoridades da Argélia.
O facto de a Proengel, empresa de Carlos Santos Silva, ter ganho um concurso para a construção de um grande hospital oncológico na Argélia, que ficará concluído em 2017, será uma das provas desse suposto favorecimento.
O Observador cita, nomeadamente, uma viagem efectuada por Sócrates à Argélia, em Outubro de 2013, para encontros com o primeiro-ministro argelino e com outros governantes do país.
Uma viagem que terá sido preparada pelo ex-assessor diplomático de Sócrates, Francisco Duarte Lopes, que actualmente desempenha o cargo de director-geral de Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), conforme frisa a mesma publicação.
Mas, além do Grupo Lena e de Carlos Santos Silva, também a Octapharma terá sido beneficiada pelos contactos internacionais de Sócrates.
Neste sentido, o Diário de Notícias aponta que, em Novembro de 2013, Sócrates solicitou a um ex-assessor que estava a trabalhar no Brasil para procurar agendar uma reunião com o ministro da Saúde brasileiro. Dado que indiciará o “lobby” do ex-governante em prol da Octapharma, segundo a tese do Ministério Público.
Será este “apoio internacional” de Sócrates que justificará as elevadas transferências bancárias que o ex-primeiro-ministro recebia de Carlos Santos Silva – os dois amigos argumentam que eram empréstimos.
Além destes montantes, o Ministério Público apurou ainda que Carlos Santos Silva entregou a Sócrates “cerca de 1,6 milhões de euros em dinheiro vivo”, conforme repara o Observador.
Primo de Sócrates arguido na Operação Monte Branco
Este apoio de Sócrates a Santos Silva começou a ser investigado no âmbito da Operação Monte Branco, levada a cabo pelos mesmos investigadores da Operação Marquês.
Um primo de Sócrates, António Pinto de Sousa, foi nesta quinta-feira constituído arguido no caso Monte Branco.
A SIC Notícias adianta que este empresário da construção civil com negócios em Angola é suspeito de branqueamento de capitais e de fraude fiscal.
Há outro primo de Sócrates, José Paulo Pinto de Sousa, que também está implicado nas Operações Marquês e Monte Branco e que tem negócios com Carlos Santos Silva em Angola.
SV, ZAP
Já não sabem mais o que inventar. . Este MP está a ser gerido por bandidos
NEM MAIS. É VERGONHOSO!
Eu gostava de ter um amigo como o Carlos Santos Silva !
Roam as unhas…
O pessoal do ZAP ” adora ” o Sócrates. Até ao OBSERVADOR vai buscar informação!! Não há jornalistas, está visto. Pedem notícias emprestadas!!