O presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, falou aos jornalistas a partir de Bruxelas, na Bélgica.
Depois de muito se especular sobre qual seria o próximo passo de Puigdemont, o presidente destituído da Catalunha falou aos jornalistas para esclarecer a situação.
Se a União Europeia não foi até Espanha, os independentistas catalães vão até à União Europeia: foi esta a explicação adiantada por Carles Puigdemont, que inicialmente se refugiou em Girona, após a declaração unilateral de independência da região da Catalunha, seguindo depois para Marselha, em França, e acabando em Bruxelas, a partir de onde falou.
Inicialmente, especulava-se que Puigdemont tivesse “fugido” para a Bélgica uma vez que o país ofereceu asilo político ao presidente destituído.
Essa ideia foi afastada inicialmente pelo Governo belga, que disse que “quando se pede independência, o melhor é permanecer junto da sua gente” e reafirmando que só concederiam asilo político, caso se provasse que o governo catalão destituído estava a ser alvo de sérias perseguições.
Logo a seguir, Puigdemont afastou também a possibilidade de pedir asilo, explicando que se deslocou a Bruxelas “para obrigar a União Europeia a encontrar uma solução” para a crise na Catalunha.
Nas mesmas declarações, Puigdemont, que falou em três línguas – catalão, francês e inglês -, denunciou uma “ofensiva altamente agressiva” que Madrid estaria a preparar contra o seu governo regional.
Carles Puigdemont diz que o governo regional assumiu “que o diálogo que sempre assumimos para uma saída dos catalães seria, nestas condições, impossível” perante aquilo a que chama de “ofensiva altamente agressiva contra o governo regional da Catalunha e funcionários”.
“Depois do referendo de 1 de outubro a nossa mão esteve estendida para o diálogo, até ao fim”, disse, acrescentando que o PSOE e Partido Popular não respeitaram essa postura.
Puigdemont reafirmou ainda que, ao contrário de Carme Forcadell, a presidente do parlamento regional destituído, que aceitou a destituição de Mariano Rajoy, continuará a “trabalhar como um governo legítimo”.
Depois de parte da população da Catalunha ter dito ficar “desiludida” com a fuga de Puigdemont, o presidente destituído explicou que “se tivesse ficado na Catalunha em resistência haveria uma onda de violência“, o que o levou então a ir até Bruxelas para “acalmar a situação e não contribuir para essa confrontação e assim poder agir como um governo”.
Carles Puigdemont aproveitou também o momento para anunciar que se candidata às eleições de 21 de dezembro, convocadas pelo Governo de Madrid.
“Vamos assumir as eleições convocadas pelo Estado espanhol como um repto democrático”, disse Carles Puigdemont, em relação às eleições antecipadas de 21 de dezembro, convocadas na passada sexta-feira por Mariano Rajoy.
“Vamos aceitar o repto e vamos dar resposta a eles e a toda a comunidade internacional. É a votar que se resolvem os problemas, não levando pessoas para a prisão”, pediu o presidente destituído.
Governo destituído pode enfrentar até 30 anos de prisão
O magistrado Pablo Llarena Conde tornou público que a presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, e os outros membros da presidência deste organismo, terão de prestar declarações ainda esta semana, nos dias 2 e 3 (quinta e sexta-feira).
Serão interrogados na qualidade de pessoas a serem investigadas e devem comparecer com advogado.
Durante a conferência, Ramona Barrufet, ex-conselheira do governo regional, foi confrontada com a pergunta de se estaria preparada para enfrentar 30 anos de prisão, ao que a ex-conselheira retorquiu: “Será possível que, se houver um julgamento justo, nós sejamos condenados a 30 anos de prisão? Faça-nos esta pergunta”.
Puigdemont defendeu também não acreditar na possibilidade de ir preso. “O Governo espanhol ameaça-nos com 30 anos de prisão por termos cumprido o programa eleitoral, o mesmo que foi apresentado às autoridades espanholas sem qualquer oposição, um programa que foi aceite na altura no parlamento, era prometido que a legislatura acabaria com a declaração da independência”, disse Carles Puigdemont.
No entanto, Puigdemont já nomeou como advogado Paul Bekaert como seu advogado. Bekaert é conhecido por ser um antigo advogado da ETA.
Conclusão vocês é que fizeram a M—- e agora querem que seja a UE a resolver?? Povo vê isto, podem confiar neste tipo de gente?
Se o Socrates e o Salgado pediram para os outros pagarem as dívidas, também este pode pedir para a UE resolver o problema.
Entretanto ele está aberto a dialogo em Espanha mas não quer falar Espanhol.
Está bem?!?!?!?!?