Portugal não comprou todas as vacinas contra a covid-19 produzidas pela Moderna a que tinha direito. Em vez de encomendar as 3,7 milhões de doses que poderia ter adquirido, o país requisitou apenas 2,8 milhões.
A notícia foi avançada pelo jornal Politico, que adiantou que Portugal, a Grécia, a Polónia, a Bulgária e a Bélgica não compraram a totalidade das doses da vacina da Moderna a que tinham direito.
Questionado pelo Jornal de Negócios, Francisco Ramos, coordenador da task force criada para desenvolver o plano de vacinação de Portugal, confirmou que muitos Estados-membros terão optado por não adquirir a totalidade das doses extra negociadas com a Moderna, incluindo Portugal.
“No primeiro contrato com a Moderna, foram disponibilizadas 80 milhões de doses de vacinas para a União Europeia, das quais Portugal adquiriu 1,8 milhões, precisamente de acordo com a sua fatia pro rata”, disse Francisco Ramos. “Do segundo acordo, que garantiu 80 milhões de doses extra para a UE, Portugal entendeu adquirir apenas um milhão“.
Segundo o coordenador da task force do plano de vacinação, esta foi a escolha “porque já nos sobram muitas doses”.
Já uma fonte oficial do gabinete de Marta Temido, ministra da Saúde, afirmou ao Jornal de Negócios que “Portugal adquiriu todas as vacinas possíveis de serem compradas de acordo com a sua população”.
O ministério frisou que “a questão essencial para acelerar o ritmo de vacinação no país não se prende com a quantidade de vacinas adquiridas, mas sim com o seu calendário de entrega em Portugal, sendo este um assunto que vai para além do controlo do país ou da própria Comissão Europeia.”
As sobras – vacinas não adquiridas pelos países de direito – são colocadas num “pote comum” e estarão a ser compradas, pelo menos, pela Alemanha, França e Dinamarca, países com mais margem orçamental.
A vacina produzida pela Moderna é a mais cara de entre as seis que foram previamente negociadas pela Comissão Europeia, em nome de todos os Estados-membros, e é também uma das duas únicas marcas de vacinas já aprovadas em território europeu.
Em Portugal, os profissionais de saúde foram os primeiros a ser vacinados, no final do ano passado e, entretanto, já começaram a receber as segundas doses da vacina da Pfizer. Já a vacinação dos profissionais de saúde do setor privado arrancou a 14 de janeiro, um dia depois da chegada das primeiras doses da Moderna (8.400).
O Governo quer terminar a vacinação nos lares no final da próxima semana.
Esta mer#% faz lembrar algo que presenciei há alguns anos – diálogo alterado e adaptado de maneira estilística.
A: Dou-te quinhentos euros.
B: Ok.
A: Vou subir para oitocentos. Tu precisas de comprar aqueles medicamentos.
B: Mas só quero comprá-los para mim.
A: Fica com o dinheiro. Fazes o que bem entenderes. Enfim… tenta pensar nas pessoas mais necessitadas.
SEIS MESES MAIS TARDE.
B: Olá, A.
A: Oi. Usaste o dinheiro?
B: Não, não o quis todo. Rasguei algumas notas e acabei por comprar uma televisão.
C: Morreram dez pessoas.
B: Ok.
FIM
QUE NOJOOOOO!!!!!!!!!!
“Já nos sobram muitas doses” Porquê? Porque é que não as estão a usar para vacinar rapidamente mais pessoas? Acham que a situação não é suficientemente grave?
Sem compreensão quando tão pouca gente foi vacinada, Gostava de saber a explicaçao, parece que deve ser muito elaborada, para demorar a sair.