Polémica com alegado financiamento de empresário, que terá pago “almoços, jantares e lanches”, emprestado 20 mil euros e oferecido um automóvel avaliado em 38 400 euros a Lina Lopes. “Chantagem”, diz deputada do Chega.
A candidatura de Lina Lopes à presidência da Câmara Municipal de Setúbal, pelo Chega, caiu por terra, anunciou a candidata esta segunda-feira.
A deputada do Chega está a ser acusada de ter recebido apoio financeiro de um empresário local. Nas redes sociais começaram a circular capturas de ecrã atribuídas ao empresário Vítor Pilas, em que este diz ter financiado despesas pessoais, incluindo “almoços, jantares e lanches” a Lina Lopes, mas também ter-lhe-á feito um empréstimo de 20 mil euros e adquirido um automóvel avaliado em 38 400 euros.
O empresário exigia nas mensagens a devolução imediata dos montantes alegadamente emprestados, fixando como prazo o domingo anterior. Numa das mensagens, questionava ainda publicamente a candidata: “Andavas a falar mal de mim a todos e sabes bem, mas agora vais provar-me onde fui preso por tráfico de droga”.
A ex-deputada do PSD, antiga vice-secretária da Mesa da Assembleia da República e ex-membro do Secretariado Executivo da UGT reagiu à polémica.
“Face à campanha difamatória e às tentativas de chantagem de que tenho sido alvo nos últimos dias, tomei a decisão de retirar a minha candidatura à câmara de Setúbal. Esta decisão não decorre de qualquer reconhecimento das falsas acusações que me são dirigidas — as quais rejeito categoricamente”, escreveu, citada pelo Correio da Manhã.
Em janeiro deste ano, Lina Lopes desvinculou-se formalmente do PSD para se candidatar pelo partido de André Ventura à autarquia de Setúbal. Lina Lopes vai agora ser substituída pelo seu número dois, António Cachaço, confirmou o líder do Chega.