O deputado socialista Jorge Lacão colocou a proposta de rever o regime de subsídios de deslocações dos deputados em cima da mesa depois de várias polémicas em 2018.
Para além de um subsídio de transporte entre a sua residência e a AR, os deputados têm direito a um subsídio para deslocação ao círculo eleitoral e outro para ajudas de custo à atividade no círculo eleitoral — ambos decorrem da lei do estatuto remuneratório de cargos políticos e do estatuto dos deputados.
Os deputados recebem ainda outro subsídio para a deslocação em trabalho político em todo o território nacional decorrente de uma norma da Constituição que estipula que “os deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos”.
A proposta de suprimir alguns subsídios e realocar as verbas num só pode ser concretizada de duas maneiras: concentrando-a num subsídio geral de apoio à atividade política em todo o país ou em despesas de representação que são fiscalmente consideradas um complemento remuneratório e, assim, esse valor passaria a ser sujeito a IRS.
Nenhum dos cenários prevê agravamento ou redução dos encargos financeiros para o orçamento da AR, de acordo com o Público. Mas esta reorganização e reclassificação dos subsídios implica que boa parte do dinheiro que os deputados recebem e que não é tributado em sede de IRS passe a ser, como pediu em novembro o Tribunal de Contas.
A proposta de Jorge Lacão acabaria por tornar o processo de atribuição dos subsídios mais simples, mais claro para os eleitores e contribuintes, mais transparente, conforme ao previsto na Constituição, fiscalmente mais justo e mais equitativo entre todos.
A missão do grupo de trabalho não se afigura fácil: está sob alguma pressão para tomar decisões, uma vez que o conselho de administração teve o assunto nas mãos sete meses e não se entendeu para qualquer iniciativa.
As polémicas com subsídios aos deputados incluíram os de alguns eleitos dos Açores e da Madeira que pediam o reembolso de parte do valor do bilhete de avião, quando recebem da AR 500 euros semanais para essa despesa, e os de registo de moradas mais longe do Parlamento quando moram em Lisboa. Para rever o pagamento das deslocações para as ilhas ainda nenhuma bancada apresentou propostas.
No início de dezembro, Ferro Rodrigues foi cáustico com a administração por não ter agido, apesar dos seus vários pedidos de intervenção.
Além disso, as questões relacionadas com os deputados estão dispersas por vários diplomas, desde a Constituição ao estatuto e até regulamentos da AR, que têm peso legal muito diferente. Será preciso mexer neles, por isso é possível que este grupo de trabalho venha a funcionar em ligação com a Comissão da Transparência, que discute, há três anos, alterações legais nestas matérias.
O orçamento para 2019 prevê uma despesa de 3,1 milhões de euros com ajudas de custo a deputados – menos 500 mil euros do que em 2018 -, bolo do qual se pagam as deslocações entre a asssembleia e a residência; e 3,23 milhões de euros para o transporte dos deputados para deslocações no exercício de funções.
Só pelos subsidios já vale a pena ser politico para nada fazer!Subsidios para arranjar as unhas na assembleia, subsídios para nem sequer pôr os pés na assembleia(alguém assina por mim), etc…
O melhor é fundir os 3 subsidios em NENHUM!!
Tem um bom ordenado e outras mordomias portanto, não tem nada que receber subsídios!!
E não comentas as ementas da AR? E os preços da refeições?….. O exemplo da chulice que existe neste país vem de cima ……
“…e outras mordomias…”
Já comentei; tu estás distraído!…
Eu trabalho oito horas diárias. Das 9h às 10h: é para pagar os subsidios a estes inúteis. Das 10h às 11h: é para contribuir para as suas ementas “estrela Michelin”. Das 11h às 12h: para cooperar para o sistema de (in)segurança social. Das 13h às 14h, para lhes devolver o IRS. A restante tarde, será para ganhar uma exígua fatia de ordenado, do qual ainda lhes é retornado na forma de IVA, taxas, IUC, IMI e afins…
Como é compensador ser-se político neste país!!
Haja vergonha! Esses tipos dizem “representar os portugueses”.
Os de ordenado mínimo? Os reformados que não podem comprar medicamentos? Os deficientes com subsídios de miséria?
Pergunto: quais portugueses?