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Fraudes nas moradas dos deputados investigadas pelo Ministério Público

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Mário Cruz / Lusa

O Ministério Público (MP) está a investigar as alegadas declarações falsas prestadas por alguns deputados à Assembleia da República em relação às suas moradas.

Segundo avança a Visão esta quinta-feira, o Ministério Público está a investigar as alegadas declarações falsas que alguns deputados prestaram à Assembleia da República em relação às suas moradas. A informação já foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Vários terão indicado moradas que não coincidiam com as suas residências efetivas, tendo sido beneficiados no cálculo de ajudas de custos e despesas de deslocação. O inquérito do MP tem como intuito apurar se os deputados indicaram mesmo, nas declarações apresentadas aos serviços do Parlamento, moradas que não correspondiam aos seus locais efetivos de residência.

No Verão, o Ministério público solicitou à secretaria-geral da Assembleia da República a lista de moradas fornecidas pelos deputados. De acordo com a revista, a PGR não esclarece se o pedido abrangeu os 230 eleitos para o hemiciclo ou apenas os deputados cujas declarações se suspeita que contenham irregularidades.

O inquérito, conduzido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, está sob segredo de justiça e, até ao momento, não foram constituídos arguidos.

A polémica em torno das moradas falsas dos deputados iniciou no dia 17 de março, com uma notícia do jornal Observador de que o deputado Feliciano Barreiras Duarte, ex-secretário-geral do PSD, tinha recebido subsídios indevidos durante dez anos por indicar a morada dos pais, no Bombarral, em Leiria, para o cálculo de ajudas de custo.

Em nove desses dez anos, o deputado residiu na Avenida de Roma, em Lisboa.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Receber ajudas de custo para ir trabalhar? Não recebem ordenado? Se aceitaram o cargo, sujeitam-se! Não será o que acontece com o trabalhador-comum que resida longe do local de trabalho?
    Por outro lado, eles são os representantes dos portugueses e os portugueses não recebem; porquê eles? Não têm já suficientes regalias (até a de beneficiarem do dom da ubiquidade)?

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