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Nadadores-salvadores podem ter de usar máscara, óculos e bata (e não haverá respiração boca-a-boca)

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A duas semanas do arranque da época balnear, marcado para 6 de junho, as normas de atuação dos nadadores-salvadores ainda estão a ser preparadas.

De acordo com a TSF, os nadadores-salvadores das praias portuguesas poderão ter de usar equipamento novos: máscara, óculos e bata.

Segundo o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Velho Gouveia, ouvido pela TSF, a máscara será de utilização “conveniente”, sempre que não for um “obstáculo”, tal como o uso de “óculos e uma bata”.

Nas operações de socorro, já não haverá respiração boca-a-boca. O comandante Velho Gouveia garantiu que há “alternativas a essa modalidade de prestação de Suporte Básico de Vida, nomeadamente a utilização de um kit de oxigénio ou de bombas manuais”.

Na utilização da bomba manual, é necessária a presença de dois nadadores-salvadores – uma situação que o comandante considera ser “fácil de resolver”.

O comandante Velho Gouveia defende, à TSF, que os nadadores-salvadores não devem estar ocupados a verificar quantas pessoas se encontram na praia, uma vez que a sua função é “salvar vidas, estar atento à praia e fazer vigilância”.

O Instituto de Socorros a Náufragos tem 7610 nadadores-salvadores aptos a trabalharem nas praias portuguesas, um número que decorre da extensão de validade de várias certificações devido à pandemia. Porém, apesar de o número de nadadores-salvadores aptos a trabalhar tenha aumentado, isso não significa que todos estejam disponíveis para fazê-lo.

A pandemia de covid-19 interrompeu os cursos de formação que estavam a decorrer em março. O diretor do ISN pede que as piscinas sejam abertas rapidamente para que se possam fazer os exames práticos de final de curso.

As normas, recomendações e protocolos para os nadadores-salvadores vão ser publicados “nos próximos dias”.

Este ano, a época balnear vai abrir a 6 de junho. As regras da DGS preveem a obrigatoriedade de manter o distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e o afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos.

A aplicação Infopraia vai permitir ver a ocupação de cada praia numa espécie de semáforo, sendo que verde significa uma ocupação baixa (1/3), amarelo uma ocupação elevada (2/3) e vermelho uma ocupação plena (3/3). A informação sobre o estado de ocupação das praias vai ser “atualizada de forma contínua, em tempo real”.

Na utilização do areal das praias estão “interditas atividades desportivas com duas ou mais pessoas, exceto atividades náuticas, aulas de surf e desportos similares”.

Vai estar “interdito o estacionamento fora dos parques e zonas de estacionamento ordenado” para acesso às praias.

Se houver acumulações excessivas em algumas praias, estas podem ser interditadas.

ZAP //

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