O ministro da Defesa anunciou que estão suspensos todos os cursos de Comandos até à conclusão do inquérito aberto à morte do militar na última segunda-feira.
O ministro da Defesa anunciou esta quinta-feira a suspensão de todos os cursos de Comandos até ao fim do inquérito sobre a morte de um militar no domingo passado.
“Estão suspensos todos os cursos de comandos até ao fim do inquérito”, afirmou Azeredo Lopes à RTP.
No entanto, em declarações ao Diário de Notícias, o porta-voz do Exército adiantou que só estão suspensos os “próximos cursos” e que o atual mantém-se.
A decisão da suspensão foi tomada pelo General Rovisco Duarte, chefe do Estado-Maior do Exército, e comunicada posteriormente ao Ministro da Defesa.
O ministro, que está em Londres para participar numa reunião, já tinha dito à Lusa que estava a acompanhar “com muita preocupação” estes incidentes, que levaram ao internamento de outros militares.
“Estou acompanhar com muita preocupação”, declarou, referindo não só a vítima mortal como “outros incidentes num número que é objetivamente elevado”.
Além do inquérito instaurado pelo chefe do Estado-Maior do Exército, a Procuradoria-Geral da República também abriu uma investigação, decisão que Azeredo Lopes acolheu com “serenidade”.
Mesmo aceitando que as forças especiais como os Comandos envolvam treinos mais intensos, o ministro entende que deve acompanhar o caso.
“Não impede o responsável político, neste caso o ministro, de estar muito atento para verificar se, com esse grau de exigência que pressupõe o facto de tratar-se de forças desta natureza, se todos os procedimentos foram cumpridos e não se levou longe demais esse esforço“, justificou.
No entanto, o governante garante que só poderá intervir depois da divulgação das conclusões dos dois inquéritos.
“A partir disso, será possível a quem tem responsabilidade política e exerce a sua autoridade na Defesa Nacional, de poder tomar as decisões que resultem das conclusões das diferentes abordagens”, rematou.
Os incidentes ocorreram na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, embora em locais diferentes, sendo que o incidente do militar que veio a falecer ocorreu pelas 15h40.
De acordo com uma primeira nota do Exército português, o militar sentiu-se “indisposto durante uma prova de tiro”, tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou “um golpe de calor”.
Três outros militares encontram-se no Hospital das Forças Armadas, dois deles no Serviço de Medicina, sendo a sua situação clínica estável, não levantando cuidados de maior.
O terceiro militar está na Unidade de Tratamentos Intensivos, diagnosticado também com um “golpe de calor”.
Um quarto foi transferido do Hospital do Barreiro para o Curry Cabral, em Lisboa, devido a complicações hepáticas e encontra-se em lista de espera para transplante.
ZAP / Lusa
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Medida acertada.
Donde se conclui que os cursos não estavam adequados a uma boa formação militar. Estariam adequados para alguma mentalidade “Rambo” que milita nos quadros intermédios dos graduados formadores. Mentalidade idêntica aos doentes com complexo de inferioridade que praticam as Praxes nas universidades.
E ao fim de 100 e tal cursos é que descobrem isso?
Desadequado deve estar o médico que os dá como aptos para o curso ou foram meninos que na noite anterior estiveram a mandar uns shots abaixo há um que até tem o fígado desalinhado
Mas será que o senhor ministro não percebeu que o acidente foi por meterem os comandos a treinar em dias de temperaturas extremamente elevadas sem a menor adaptação para tal facto?