Militar dos Comandos em induzido coma após golpe de calor

António Cotrim / Lusa

Um militar do 139.º curso dos Comandos do Exército está em coma no Hospital Santa Maria, em Lisboa, após ter sofrido “um golpe de calor”, anunciou hoje o ramo, que abriu um processo de averiguações.

Um militar dos Comandos do Exército teve que ser assitido após um “golpe de calor” no decorrer de um exercício de marcha-corrida do 139.º curso de Comandos, encontrando-se em em coma no Hospital Santa Maria, em Lisboa.

Em comunicado, o Exército avança que o 139.º curso de Comandos teve início no dia 12 de abril e que o incidente ocorreu “dois meses depois, durante a execução da instrução de marcha-corrida, com a distância de 15 quilómetros, com carga de cinco quilos“.

No quilómetro 14, foi assistido um militar de sexo masculino pela equipa médica militar, tendo sido acionado o INEM” que o transportou para o Hospital Santa Maria, em Lisboa, acrescenta a nota do Exército.

“Foi diagnosticado um golpe de calor e pelos riscos inerentes de falência de órgãos foi admitido nos cuidados intensivos. A situação neurológica aconselhou a ser induzido o coma, situação em que se mantém”, lê-se na nota.

O Exército acrescenta que o Chefe do Estado-Maior, general Mendes Ferrão, determinou a interrupção do curso, “até à conclusão da avaliação clínica de todos os instruendos” e foi aberto um processo de averiguações.

Concluída a avaliação clínica, o curso foi retomado e a avaliação de marcha-corrida realizou-se no passado dia 16 de junho, “para a distância de 20 quilómetros e com carga de 10 quilos, não se tendo registado quaisquer alterações fora dos padrões definidos”.

Em setembro do ano passado, um outro militar dos Comandos foi internado e sujeito a “meticulosas intervenções de acompanhamento” após um transplante de fígado.

O militar em causa é um dos seis militares hospitalizados, depois de dois comandos terem sofrido paragens cardiorrespiratorias no decorrer do 138.º Curso de Comandos — que foi na altura suspenso.

Em 2016, um militar dos Comandos morreu devido a um “golpe de calor” no 127º curso de Comandos. O militar sentiu-se “indisposto durante uma prova de tiro”, tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou “um golpe de calor”.

ZAP // Lusa

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