No pedido de levantamento da imunidade parlamentar, o Ministério Público (MP) imputa a Miguel Macedo, deputado do PSD e ex-ministro da Administração Interna, a prática de quatro crimes no âmbito do processo dos vistos Gold, nomeadamente três de prevaricação por titular de cargo político e um de tráfico de influências.
O DN teve acesso ao pedido de levantamento da imunidade parlamentar, onde a procuradora Susana Figueiredo, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal refere que, entre outras situações, o ex-ministro da Administração Interna forneceu ao seu ex-sócio Jaime Gomes, arguido no processo dos vistos Gold baptizado de “Operação Labirinto”, o caderno de encargos de um concurso público que ainda não tinha sido lançado.
De acordo com o documento, que foi entregue no gabinete da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, “no desenvolvimento de uma parceria informal de natureza lucrativa mantida com o arguido Jaime Gomes”, Miguel Macedo “disponibilizou ao empresário documentação de natureza concursal pública internacional (caderno de encargos) numa fase prévia à sua publicitação”.
Esta situação, de acordo com o MP, conferiu a Jaime Gomes “uma posição de vantagem” em matéria de informação privilegiada, “em detrimento de outros potenciais interessados”.
No documento enviado à Assembleia da República a procuradora não especifica qual é o concurso público em causa.
ZAP
Caso Vistos Gold
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Onde estão agora os zelotas que, de lágrimas nos olhos, teciam laudas a este indivíduo pela sua “grande dignidade” ao demitir-se do cargo de ministro. Afina, parece que a estratégia era jogar rente à relva à espera de passar despercebido. Mas, se até no melhor pano cai a nódoa, porque não cairia essa nódoa também em cima deste sujeito?
Tantos elogios a este homem e afinal era fuga! Cobarde!!
CUIDADO COM AS BOCAS. Afinal são todos bons rapazes. É tudo boa gente. Pena é que não se aproveita um.