Marcelo exige que os jovens sejam a maioria no centro do poder

Miguel A. Lopes / EPA

Marcelo Rebelo de Sousa tira uma fotografia com jovens na JMJ

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta sexta-feira que os jovens precisam de ter papel político “muito maior”. “Aquilo que constitui o fermento da sociedade e da mudança é a juventude”.

O Presidente da República defendeu que é preciso dar aos jovens um “papel político muito maior”.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que esse “papel desencadearia mudanças” e que a juventude tem “um capital de futuro que mais ninguém tem”.

Em declarações aos jornalistas no Parque Eduardo VII, em Lisboa, o Chefe de Estado referiu que as palavras do Papa Francisco sobre a juventude aplicam-se à Igreja, mas também “à política, à economia, à sociedade e às comunidades mais variadas”.

“Têm de mudar e dar um papel muito mais importante à juventude. Eu contra mim falo – não sou jovem, longe disso”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

“Aquilo que constitui o fermento das sociedades e da mudança, respeitando os outros que têm um papel a desempenhar, é a juventude”, acrescentou.

O Presidente da República diz que “a juventude tem uma força, uma esperança, um capital de futuro que mais ninguém tem”.

A democracia foi feita por jovens: as gerações tinham 20 anos, os de 30 anos já eram um bocadinho velhinhos e os de 40 anos eram muito velhinhos. Isso aconteceu em todos os momentos de rutura e de mudança na sociedade”, sustentou.

Rodeado por jovens de vários países, e assinando bandeiras e t-shirts, Marcelo acrescentou que, “por definição, a juventude nunca é conservadora”, salientando que, há 20 ou 30 anos, “ninguém diria que a juventude, tanto a católica como outra, seria tão ecológica, tão de rutura em muitos aspetos como é a atual”.

“As respostas a dar passam por isto, que é, desde logo, os jovens terem um papel político muito maior porque, se tiverem, isso naturalmente desencadeia mudanças. Se forem minorias nos centros de poder durante muito tempo, a transformação é mais lenta”, disse.

“O maior acontecimento da democracia”, diz Marcelo

Enquanto subia o parque e ia sendo abordado por jovens portugueses e estrangeiros que lhe iam oferecendo prendas e pedindo autógrafos e ‘selfies’, o chefe de Estado assumiu que a JMJ é, no seu género, o maior acontecimento da democracia.

“Eu antes da democracia não tenho experiência, mas também não estou a ver um milhão de jovens livres em ditadura”, referiu.

Questionado sobre o Papa Francisco, em Portugal desde terça-feira para presidir à JMJ, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que ele “vive muito preocupado com a justiça social, com as desigualdades, com a guerra e com o problema da proximidade em relação às pessoas”.

“Ainda hoje de manhã visitou uma instituição social a apelar muito a isso, ou seja, não há pessoas em abstrato, mas pessoas concretas com problemas complicados que é preciso ouvir”, lembrou.

O Papa está desde quarta-feira em Portugal para presidir à JMJ, onde são esperadas mais de um milhão de pessoas.

Em Lisboa, as principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

ZAP // Lusa

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