A companhia aérea irlandesa de baixo custo Ryanair informou esta quinta-feira que concluiu a instalação de medidores de bagagem de mão nos aeroportos em toda a Europa.
A empresa sediada em Dublin confirmou que, a partir de hoje, todos os passageiros podem levar uma bagagem de mão gratuita de 40x30x20 centímetros, em comparação com a anterior, fixada em 40x30x15 centímetros.
“A Ryanair permite que cada passageiro leve a bordo uma peça de bagagem de mão gratuita, mas esta deve caber debaixo do assento do passageiro, se os passageiros desejarem viajar com uma peça de bagagem de mão adicional, podem fazê-lo adquirindo o serviço de Prioridade de Embarque”, explicou a companhia aérea em comunicado.
O diretor de ‘marketing’ da companhia, Dara Brady, destacou na nota que a companhia modificou o tamanho dos medidores de bagagem em “todos os aeroportos” da sua rede europeia para se adaptarem às novas dimensões.
“Além disso, os passageiros também podem solicitar o ‘check-in’ da bagagem durante o processo de reserva. Esperamos que os nossos clientes desfrutem destas peças de bagagem de mão gratuitas maiores, mas qualquer passageiro que não cumpra estes novos e generosos limites terá de pagar a taxa de ‘check-in’ da bagagem na porta de embarque”, alertou Brady.
O Ministério do Consumo de Espanha sancionou, no passado dia 22 de novembro, cinco companhias aéreas (Ryanair, Vueling, Easyjet, Norwegian e Volotea) por práticas abusivas, como cobrar suplementos pela bagagem de mão, não permitir o pagamento desses custos adicionais em dinheiro ou reservar assentos contíguos para acompanhar pessoas dependentes.
A multa de 109 milhões de euros imposta à Ryanair foi suspensa cautelarmente no passado dia 26 de junho pelo Tribunal Superior de Justiça de Madrid, enquanto se aguarda um veredicto definitivo.
A este respeito, o presidente executivo da companhia aérea irlandesa, Michael O’Leary, afirmou na semana passada em Bruxelas que confia que a justiça espanhola ou europeia acabará por reverter definitivamente essa sanção.
O executivo lembrou que o Tribunal de Justiça da UE já se pronunciou em 2014 sobre a questão da bagagem de cabine e decidiu que as companhias aéreas podem fixar livremente o preço das bagagens, mas os passageiros têm o direito de levar consigo uma mala suficientemente grande para conter os seus pertences pessoais.
// Lusa