Tiago Petinga / Lusa

Elevador da Glória, que descarrilou esta quarta-feira, em Lisboa
Os principais jornais internacionais dão destaque, esta quinta-feira, ao acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou, pelo menos, 17 mortos e 21 feridos. Zelesnkyy, Von der Leyen e Metsola mandam mensagens de força para Lisboa.
Zelenskyy não esqueceu Portugal e foi dos primeiro a expressar “solidariedade com o povo português” na sequência do desastre do elevador da Glória, que fez pelo menos 15 mortos.
“Profundamente abalado com o trágico acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa”, publicou na rede social X, o presidente ucraniano.
“Em nome do povo ucraniano, expresso as mais sentidas condolências às famílias das vítimas, ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro Luís Montenegro, e desejamos uma rápida recuperação aos feridos”, referiu ainda o chefe de Estado ucraniano. “Neste momento de luto, permanecemos em oração e solidariedade com o povo português que chora esta perda”, acrescentou.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, lamentaram o descarrilamento do elevador da Glória, endereçando os seus sentimentos às famílias das vítimas.
“É com tristeza que tomei conhecimento do descarrilamento do famoso Elevador da Glória. Os meus sentimentos com as famílias das vítimas”, pode ler-se numa nota em português na rede social X, escrita por Von der Leyen.
Metsola, por seu turno, sublinhou a Europa está solidária com os familiares e as vítimas do acidente e toda a comunidade de Lisboa: “Os nossos corações estão com as pessoas atingidas pela tragédia do Elevador da Glória, uma referência para os lisboetas e visitantes do mundo inteiro”, frisou Metsola, numa mensagem na rede social X.
A imprensa internacional, em peso, lamentou o acidente e destacou o facto de o Elevador da Glória ser uma das principais atrações turísticas da capital portuguesa.
Citando a agência Associated Press (AP), a notícia do descarrilamento era destaque na página online do jornal norte-americano The Washington Post.
“As autoridades chamaram-lhe um acidente, o pior da história recente da cidade, e lançou uma sombra sobre o encanto de Lisboa para os milhões de turistas estrangeiros que chegam todos os anos”, referiu a AP.
Já a agência France-Presse sublinhou que o Governo decretou um dia de luto nacional e que o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito às causas do desastre.
A agência espanhola EFE destacou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, cancelou quase toda a agenda para hoje, enquanto a também espanhola Europa Press revelou que, pelo menos, dois cidadãos espanhóis estão entre os feridos.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido disse ao jornal The Guardian estar em contacto com as autoridades portuguesas e disponível “para prestar assistência consular caso haja cidadãos britânicos afetados”.
O jornal lembrou ainda que “Portugal, e Lisboa em particular, tem vivido um boom turístico na última década, com os visitantes a encherem o popular centro da cidade nos meses de verão”.
O diário francês Le Monde referiu que “imagens publicadas nas redes sociais minutos depois da tragédia mostram o funicular completamente deslocado, encostado a um muro, na curva ao fundo da rua por onde passava”.
O jornal espanhol El Pais recordou que “este não é o primeiro acidente reportado no elevador (…). Outro incidente ocorreu no dia 7 de maio de 2018, devido a uma falha nos serviços de manutenção do funicular, embora o incidente tenha sido resolvido sem vítimas”.
Há vítimas de, pelo menos, 10 nacionalidades
João Oliveira, diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa e Vale do Tejo, disse, à SIC Notícias, pelas 00h10, que algumas das vítimas do acidente são estrangeiros, o que “aporta um grau de dificuldade para a identificação”.
Há agora a registar 17 mortos e 21 feridos.
Os feridos, 12 mulheres e sete homens, são de pelo menos 10 nacionalidades diferentes: quatro de nacionalidade portuguesa, dois espanhóis, um coreano, um cabo-verdiano, um canadiano, um italiano, um francês, um suíço e um marroquino, havendo quatro feridos cujas nacionalidades não estão ainda identificadas.
Segundo a responsável, das 38 pessoas afetadas pelo acidente, 15 morreram na quarta-feira e 23 foram transportadas ou deslocaram-se por meios próprios para hospitais, duas das quais acabaram por morrer durante a noite.
Dois feridos espanhóis já tiveram alta
Dois espanhóis que ficaram feridos no descarrilamento do elevador da Glória já tiveram alta, infirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, que transmitiu ao homólogo português solidariedade e disponibilidade para o que for necessário.
O ministro José Manuel Albares acrescentou que não há informação de espanhóis entre as vítimas mortais.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, manifestou na quarta-feira, na rede social X, consternação com “o terrível acidente” e expressou “solidariedade para as famílias das vítimas e para o povo português neste momento difícil”.
O Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, pelas 18h04, na Calçada da Glória. O elevador é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
ZAP // Lusa
Acidente do Elevador da Glória
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