Carlos Moedas: JMJ é como Super Bowl

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Carlos Moedas diz não ter “nenhuma dúvida” sobre retorno da JMJ e comparou a dimensão e o alcance do evento… à Super Bowl.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou, esta terça-feira não, ter “absolutamente nenhuma dúvida” sobre o retorno da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), referindo que o evento levou a cidade a “mais de 500 milhões de lares”.

“Nunca tive absolutamente nenhuma dúvida sobre o retorno que é para a cidade ter um momento como a Jornada Mundial da Juventude, e sempre o defendi e vou continuar a defender, e estarei aqui para receber todos os números, todos os cálculos que forem feitos”, afirmou na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, em que apresentou o trabalho do executivo no último trimestre, entre junho e agosto.

Carlos Moedas disse que a JMJ, que se realizou de 1 a 6 de agosto, “levou Lisboa a 500 milhões de lares do mundo”, comparando com grandes eventos como o Super Bowl nos Estados Unidos da América.

“Chegar a tantos lares é absolutamente único para cidade”, reforçou o presidente da câmara, referindo que o evento contou com a participação de 1,5 milhões de pessoas que serão embaixadores da capital portuguesa.

Foi um grande show (off)?

A questão sobre o retorno da JMJ foi feita pela deputada do Bloco de Esquerda (BE) Leonor Rosas, tendo em conta os dados que apontam para um abrandamento da economia durante a primeira semana de agosto, “se valeu mesmo a pena” encerrar estações de metro e dificultar a circulação de autocarros, bem como a quantidade de ajustes diretos.

“Não se pode apenas justificar tudo o que aconteceu com a vinda do Papa”, reclamou a bloquista, pedindo transparência na apresentação de contas da JMJ.

Em resposta, Carlos Moedas lembrou que a decisão de Lisboa acolher a JMJ foi tomada no anterior executivo, em que o BE estava na governação da cidade num acordo com o PS, questionando se “tomaram a decisão sem fazer os cálculos”.

“Fico estupefacto, porque a política, às vezes, tem momentos verdadeiramente únicos”, apontou o social-democrata, garantindo que o escrutínio é bem-vindo e a transparência é total sobre a JMJ.

O deputado Miguel Ferreira da Silva, do Iniciativa Liberal (IL), reforçou que este é o momento de escrutínio sobre a JMJ, pedindo uma listagem de todos os ajustes diretos realizados pelo município, apesar de estar convicto de que “foram bem feitos”, mas por considerar que é importante para “acabar com o aproveitamento político”.

Responsável pela JMJ, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), assegurou que toda a informação será disponibilizada aos deputados da assembleia municipal, referindo que existem “mais de 230 processos administrativos” e manifestando “grande tranquilidade relativamente à prestação de contas”.

Esta terça-feira, foi aprovada uma recomendação do PCP para que a câmara reporte à assembleia “a forma como foram utilizados e geridos os dinheiros públicos e quanto aos proveitos que, em resultado da utilização desses recursos, perdurarão no futuro em benefício da população e da cidade”, bem como para que maximize o investimento público realizado no Parque Urbano Tejo-Trancão de forma a privilegiar o usufruto do mesmo por parte da população.

ZAP // Lusa

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